Ano lectivo-2023/2024: “Mais de 10 milhões de crianças ficarão fora do sistema de ensino em todo país”, segundo relatório MEA

Os dados foram avançados esta sexta-feira em Luanda, pelo Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), que na ocasião teceu duras críticas ao Ministério da Educação e instou ao Presidente da República abrir um concurso público para provimento de vagas aos auxiliares de limpezas e seguranças nas escolas públicas.


Por: Redação

O documento foi lido pelo secretario geral do MEA, Artur de Sousa, que fez saber que os números foram estimados através de um cálculo em que cada província, mais de 500 mil crianças ficarão sem ir a escola, por falta de infraestrutura de ensino. O que, pode vir estimar que mais de 10 milhões de crianças fora do sistema de ensino e de educação neste ano lectivo 2023/2024.

De acordo com agremiação que defende os direitos dos Estudantes em Angola, a falta de infraestruturas escolares, é uma das principais causas deste número assustador. A título de exemplo, só Luanda, conta com mais de três mil escolas pública e privada, e muitas destas escolas, encontram-se em péssimas condições de funcionalidade. E nas demais províncias, o senário é o mesmo e muitas das vezes chegam a ser pior.

Artur de Sousa, responsabiliza o Ministério de tutela, afirmando que são os responsáveis destes sectores os principais violadores do direito a educação por não permitir acesso e nem a qualidade de ensino.

No relatório lê-se igualmente, dada a informação colhida em todo país durante o ano lectivo passado, o movimento estudantil contactou: A falta de bem feitoria nas escolas e sala de aulas, a super-lotação nas salas, ausência de carteiras, manuais escolares, WCs nas escolas, auxiliares de limpezas e de seguranças.

Os estudantes com necessidades especiais mereceram, igualmente atenção do MEA, que lamentou ausência de alguns meios nas escolas públicas em todo país, com realce a falta da tradutores e professores para a formação dos estudantes com necessidades especiais, bem como, meios para apoios desta classe estudantil.

Os estudantes denunciaram também, a venda de vagas nas escolas públicas que variaram de 100 mil a 500 mil kwanzas por vagas. Segundo o MEA, os institutos de Saúde são as que os responsáveis escolares cobravam mais caros num valor de Kzs 500 mil por cada vaga.

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