João Lourenço encoraja novo ministro do Interior a não recear o cargo que passa a assumir
O Presidente, João Lourenço, disse hoje ao novo ministro do Interior para não recear o cargo que passa a assumir, sendo civil, porque, segundo ele, não é na farda onde está a força, mas sim na inteligência.
Por: Redação
O chefe de Estado angolano falava na tomada de posse de Manuel Homem, que deixa o cargo de governador de Luanda para assumir a pasta do Ministério do Interior, em substituição de Eugénio Laborinho.
Segundo João Lourenço, a nomeação inédita de um civil como ministro do Interior, vem quebrar uma tradição.
“Entendemos quebrar algo que tem sido tradição, ao nomearmos um ministro do Interior civil, mas gostaria de lhe pedir que não tivesse medo da farda. A farda não faz mal a ninguém, não é na farda onde está a força, a força está na inteligência, na determinação dos homens”, referiu.
João Lourenço apelou a Manuel Homem que exerça as suas funções sem nenhum tipo de complexo, sem receio algum, porque confia nas suas capacidades, acreditando que vai dar num bom ministro do Interior.
Por seu turno, Manuel Homem disse que vai começar por fazer um diagnóstico da situação actual do Ministério do Interior e dará sequência às várias acções que estão a ser desenvolvidas já pelo sector, destacando o combate à criminalidade, a melhoria da segurança pública no país, ao Serviço de Migração de Estrangeiros e à Guarda de Fronteira.
“Temos assistido nos últimos tempos várias acções nesse domínio, de invasão das nossas fronteiras e teremos que prestar alguma atenção para conseguirmos melhorar a actuação dos órgãos”, disse.
Manuel Homem salientou que vai também investir na capacitação e formação dos recursos humanos para garantir cada vez mais melhores quadros, para responder às necessidades que a polícia e os órgãos do Ministério do Interior exigem.
Segundo Manuel Homem, a problemática do contrabando de combustível vai igualmente merecer atenção, bem como a apropriação ilegal de várias outras riquezas do país, que são vandalizadas, roubadas.
“Vamos fazer este trabalho para permitir que possamos ter o Ministério do Interior e a Polícia Nacional com maior dinâmica para actuar neste e noutras acções que temos ao nível do Ministério”, finalizou.