Continua a gritante procura pelo líquido precioso na periferia de Luanda

A população dos bairros periféricos de Luanda, com realce para os municípios de Viana, Munlevos, Golfo 2 e Cacuaco continuam a percorrer quilómetros para conseguir pelo menos um bidão de água potável.


Por: Albino Azer

Numa constatação feita na manhã deste domingo, 19 de janeiro, pelo Primeiro Impacto, a realidade é extremamente constrangedora, ou seja, os cidadãos afirmam que para o sucesso na aquisição do precioso líquido, implica fazer-se às casas onde se está a comercializar a água dos tanques, as 4 horas da manhã.

“Nós acordamos 4 horas para conseguir água, a vida aqui está muito difícil. O bairro também não é seguro tem muitos bandidos”, declarou a cidadã identificada pelo nome de Fernanda João, moradora da Caop B.

Em Cacuaco, por exemplo, o Bidão de água (20 litros) está, segundo os nossos entrevistados, a custar 100 kwanzas, facto que está a preocupar os moradores dos bairros Paraíso (epicentro da cólera), Monte Belo, Cerâmica e arredores, apesar de o Governo angolano estar a distribuir água nos referidos bairros por conta das recentes denúncias de que os moradores estariam a consumir água imprópria, facto que pode estar na base do surto da cólera, as nossas fontes dizem que a água continua difícil.

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