General na reforma exorta fim da Intolerância Política em Angola

O General na reforma, Higino Carneiro, apelou sábado o fim da Intolerância Política e um trabalho conjunto para garantir que o país se fortaleça em unidade e respeito mútuo.
Por: Redação
Higino Carneiro, disse num dos seus posts nas redes sociais, que, passados 23 anos desde a conquista da paz, “é inaceitável que alguns ainda estejam apegados a um passado atroz que só dividiu e ofuscou os fundamentos da nossa Pátria”.
“Hoje, dirijo-me a vocês não apenas como cidadão, mas como um fervoroso defensor da paz e da reconciliação nacional. É também inaceitável que, no nosso cotidiano, continuemos a assistir a intervenções, tanto de políticos como de cidadãos comuns, que, subvertendo o direito à liberdade de expressão, promovem impunemente a intolerância política na imprensa convencional, nas redes sociais, em espaços públicos, zonas residenciais, locais de trabalho, espaços culturais e desportivos, colocando em risco a paz conquistada com muito sacrifício”.
O General na reforma, considera, no entanto, que o princípio de unidade e respeito pela diferença, apregoado pelas formações políticas nos seus manifestos ou estatutos, está a ser distorcido por alguns que têm estado a comprometer o verdadeiro espírito de reconciliação.
“Reconhecemos, contudo, o papel vital que as igrejas e a sociedade civil desempenham, algumas das quais, com a sua integridade, têm denunciado veementemente actos que atropelam a Unidade Nacional.
Precisamos lembrar que, acima de tudo, somos angolanos. Não existem angolanos de primeira ou de segunda classe, pelo que o nosso patriotismo deve prevalecer sobre a militância partidária”.
Entretanto, aquela entidade política propõe a elaboração e aprovação de uma Lei que criminalize exemplarmente a intolerância política, “seja ela perpetrada por cidadãos investidos em cargos públicos, partidários ou por aqueles que o fazem sob anonimato. É hora de dizer basta e erradicar essa prática de subjugação do outro em nome de interesses partidários ou de outros grupos”, escreveu.
Para o político, preservar a paz e a reconciliação é homenagear todos aqueles que se engajaram para que finalmente nos pudéssemos abraçar como filhos deste solo pátrio. “Diga não à intolerância política”!