Novo governador – velhos problemas: João Gaspar mantém o legado de miséria no Cuanza Norte

Altos índices de pobreza, falta de infraestrutura e desemprego juvenil, acresce no Cuanza Norte e a população espera melhorias sob a gestão do novo governador, João Diogo Gaspar.
A província do Cuanza Norte recebeu para 2025, um total de 392.958.424.207,00 kwanzas, o que representa 1,13% do Orçamento Geral do Estado (OGE). No entanto, apesar do volume de recursos alocados, persistem graves problemas estruturais, sobretudo na cidade de Ndalatando, capital da província.
De acordo com entrevistas realizadas pelo O Decreto, 100% dos bairros mencionados por cidadãos residentes encontram-se sem iluminação pública e com acesso limitado a infraestruturas básicas, como vias transitáveis e segurança nas comunidades. A moradora Isabel Tita afirma que “todos os bairros de Ndalatando são críticos no que diz respeito à segurança pública”, citando a ausência de luz e vias de acesso.
Dados recolhidos em testemunhos apontam que pelo menos seis bairros — Kibuangoma, São Filipe, Mahamba, Kissecula, Katari e Rosa de Porcelana — estão completamente às escuras e enfrentam altos índices de criminalidade. Embora não existam estatísticas públicas actualizadas, os moradores relatam aumento de assaltos e delinquência juvenil, sobretudo à noite.
Segundo projecções populacionais, o Cuanza Norte abriga cerca de 400.000 habitantes, com uma densidade populacional de 20 hab./km². Cerca de 34% da população vive em zonas rurais, dependendo exclusivamente da agricultura de subsistência. Os principais produtos cultivados são mandioca, milho e feijão.
Apesar dos desafios, a província apresenta potencial em sectores estratégicos como: Agricultura comercial (café robusta e algodão), Turismo ecológico e cultural, Exploração de recursos minerais e hídricos.
No entanto, menos de 5% do orçamento provincial foi canalizado para projectos turísticos ou industriais entre 2022 e 2024, de acordo com fontes ligadas à gestão pública.
O actual governador, João Diogo Gaspar, nomeado em janeiro de 2024, tem formação em Administração e Finanças e já actuou como deputado e empresário. Sob sua gestão, a expectativa da população é zero na execução do orçamento e na resolução dos problemas sociais crónicos.
Tentamos sem sucesso ouvir o Governador João Diogo Gaspar, próximo do juiz Cristiano Augusto André que serviu como Presidente do Tribunal Supremo de Angola de 1997 a 2014.
O Decreto