A CERTEZA NA VITÓRIA

A UNITA ao longo da sua história conheceu crises, enfrentou tempestades, porém, muitos quadros seus convictos dos ensinamentos do Dr. Savimbi, conseguiram contornar tais situações e a UNITA manteve a bússola.
Por: Filipe Mendonça
Foi assim em Dezembro de 1967 quando o Dr. Savimbi foi preso pelas autoridades zambianas e deportado para o Egípto na cidade do Cairo, por causa da intensificação dos ataques ao Caminho de Ferro de Benguela CFB (hoje corredor do Lobito) durante a sua ausência do país na procura de apoios para a luta de libertação.
A prisão do Dr. Savimbi naquela fase serviu de um verdadeiro teste de convicções dos jovens guerrilheiros de então que tinham abraçado a causa da UNITA. Muitos comandantes, no caso de Isaías Mussambo, José Kalundungo, abandonaram a luta com a justificação de que com a prisão do Dr. Savimbi tudo tinha acabado. Ninguém mais podia dar seguimento aos propósitos da luta. Mas a luta prosseguiu.
Com a sábia intervenção no caso do antigo Presidente do Egipto Gamal Abdel Nasser, o Dr. Savimbi a 28 de Julho de 1968 foi liberto seguindo-se os 09 meses de exílio.
Em Fevereiro de 2002, depois do fatídico dia 22 da morte em combate do Dr. Savimbi, para muitos de nós, o precipício pareceu uma realidade incontornável. Muitos quadros e oficiais generais já se encontravam nas mãos do exército angolano, capturados, portanto, muitos mortos durante a curva apertada. Para agravar a situação, o Vice-presidente António Sebastião Dembo, a quem o Dr. Savimbi havia delegado as responsabilidades do Partido por intermédio da famosa mensagem 127, também não resistiu. No dia 25, três dias depois, faleceu.
Quo vadis UNITA?
O desespero sobre o futuro do Partido aprofundou-se e muitos membros tinham deixado de acreditar na amplitude e na profundeza dos ideais do Dr Savimbi. Para estes, com a morte em combate do Dr. Savimbi, com a perda do território e das FALA, a UNITA não teria como sobreviver. O caminho passaria por se criar uma outra coisa. Abandonar os distintivos da UNITA e a obra fundada por Jonas Savimbi. Defenderam o abandono total da estratégia política da UNITA e acomodar -se na vontade do regime em troca de alguma sobrevivência financeira. Alguns conseguiram sim e daí o silêncio.
A lucidez dos homens e das mulheres, inspirados pelos ensinamentos do Dr. Savimbi permitiu ao Partido dar a volta à situação. Adaptou-se a nova realidade política e deu seguimento a sua missão histórica de defender o interesse maior, o dos menos equipados, da maioria dos pobres em Angola.
A UNITA agigantou-se e se transformou na menina bonita que qualquer homem são não deixa passar.
A par das crises a que fizemos referência, hoje o Partido se encontra mergulhado outra vez num desnorte politico e ideológico. O presidente influenciado por forças estranhas, trouxe para o Partido indivíduos que já haviam então atentado contra a identidade política e ideologica da organização. Deu-lhes vitalidade, abandonaram o projecto comum em que se tinham envolvido com o Partido e fundaram uma outra coisa ou lhes foi oferecida, com o propósito de fragilizar a UNITA. O programa do PRA JA não é o poder. É o combate contra a UNITA. É o de ocupar o lugar da UNITA.
Este eixo do mal aliado á crise de liderança no Partido que se revelou incapaz de assegurar a unidade e a coesão internas, a estratégia de destruição parece estar a fazer caminho. Repito, parece, pois não haverá força política nenhuma em Angola capaz de destruir a UNITA se não ela própria. Os traidores do PRA-JA estão mesmo a mobilizar nas fileiras da UNITA com o argumento de que o ACJ é um aventureiro, é incompetente, desviou a UNITA pelo que a solução passa por aderir ao PRA JA. Para atrair atenção dos jovens desinformados e distraídos, estão a invocar o nome do Dr. Savimbi dizendo:
“NOS JUNTEMOS AO PRA-JA PARA SALVARMOS A MEMÓRIA DO MESTRE PORQUE O ACJ É UM TRAIDOR “.
Este argumento é a verdadeira traição depois do que fizeram, no conluio com o MPLA em 2012. Os verdadeiros militantes da UNITA e o povo em geral nunca se esquecerão dos golpes do Dr. Abel Chivukuvuku e seus apoiantes contra a UNITA.
Esta realidade podia ser evitada se houvesse entendimento e comprometimento com a CAUSA.
Mas, “NÃO ACREDITES NELES CAMARADAS “!
Tal como no passado, a UNITA vai contornar e sobreviverá desta crise cujo aspecto principal da contradição principal é o senhor ACJ. Mantenhamos a Sagrada esperança e a fé inabalável por esta UNITA que em breve voltará a se reafirmar na sua identidade e operar a verdadeira alternância patriótica porque só a ela compete no actual contexto político.
MUITO OBRIGADO