Presidente de Cuba agradece apoio de Angola para fim do embargo económico

O Presidente de Cuba, Miguel Mario Díaz-Canel, reiterou, esta segunda-feira, o seu agradecimento pelo facto de Angola unir sempre a sua voz no mundo a favor do fim do embargo económico e financeiro imposto pelos EUA ao seu país.


Por: Redação

O Estadista cubano discursava na Assembleia Nacional (AN), por ocasião da sua visita de Estado de três dias a Angola, destinada ao reforço da cooperação bilateral. 

O Presidente da República de Cuba enfatizou, na ocasião, que esse apoio decisivo materializa-se a cada ano com o voto favorável à resolução nas Nações Unidas e outra similar no seio da União Africana (UA). 

Expressou, igualmente, gratidão pelo apoio prestado por governos e organizações da sociedade civil ao país caribenho, que foi assolado recentemente por uma catástrofe natural. 

Reconheceu que o seu país atravessa uma difícil situação sócio-económica, “particularmente pela persistência do bloqueio económico comercial e financeiro impostos por mais de 60 anos por sucessivos governos dos EUA contra Cuba”. 

Conforme o Estadista, nesta complexa circunstância “Cuba pode contar com o apoio e a compreensão solidária dos amigos de sempre”. 

“Particularmente sentimos que contamos com um baluarte de amizade em África para continuar a trabalhar pela recuperação económica e o desenvolvimento do país”, vincou. 

Relações bilaterais 

No seu discurso, no Parlamento angolano, Miguel Mario Díaz-Canel ressaltou o facto de Angola ser o país africano onde Cuba tem a colaboração mais diversificada e numerosa, para quem tal facto abre possibilidades para explorar, cada vez mais, novos sectores e vínculos mutuamente vantajosos. 

Lembrou que, em Abril deste ano, 
realizou-se em Havana a 5ª sessão da Comissão Inter-governamental entre os dois países, que subscreveram vários instrumentos jurídicos, adicionados aos acordos rubricados esta segunda-feira, na capital angolana, na presença dos dois Chefes de Estado. 

Para o Presidente cubano, a gestão parlamentar será essencial para respaldar essas iniciativas, dos actuais níveis de cooperação bilateral, intercâmbio económico e comercial e os investimentos mútuos. 

Cooperação Interparlamentar 

O Estadista cubano manifestou a necessidade de os dois parlamentos estreitarem, cada vez mais, os vínculos a partir dos seus representantes e grupo parlamentar  de amizade, “para permitir conhecer melhor as respectivas experiências no difícil exercício legislativo e responder às necessidades do eleitorado”. 

Lembrou que, nos últimos três anos, Cuba aprovou uma nova Constituição e, com efeito, multiplicou-se o cronograma legislativo para uma maior participação popular. 

O parlamento cubano é fornado por 470 deputados eleitos em representação dos 168 municípios do país, dos quais 226 são mulheres que representam 55, 74 por cento do total de deputados. 

O Presidente cubano felicitou Angola por albergar, em Outubro deste ano, a 147ª Assembleia Geral da União Interparlanentar (UIP), em que o país caribenho se fará representar no magno evento com uma delegação parlamentar de Alto Nível. 

Felicitou, igualmente, o facto de Angola assumir a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). 

A sessão plenária extraordinária Solene foi testemunhada pelos representantes da Associação dos ex-estudantes angolanos na República de Cuba. 

Angola e Cuba mantêm relações de cooperação em vários domínios como da segurança, educação, saúde, transportes, obras públicas, construção, petróleos, desporto, cultura, turismo e agricultura. 

Os dois Estados estabeleceram relações diplomáticas a 15 de Novembro de 1975, quatro dias depois da independência de Angola e, um ano depois, assinaram o Acordo Geral de Cooperação. 

Esse instrumento jurídico viria a desembocar, mais tarde, na instituição de uma Comissão Bilateral entre Angola e Cuba. 

Pelas circuntâncias políticas de então, o Acordo Geral de Cooperação continuou a privilegiar as acções de auxilio técnico-militar, até 1991, um ano antes da implantação do multipartidarismo em Angola. DC/AL/ADR 

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