PENSANDO O PARTIDO-UNITA
A UNITA-União Nacional para a Independência Total de Angola- fundada pelo Dr Jonas Malheiro Savimbi, aos 13 de Março de 1966, tem vocação de encarnar a vida do Povo de Angola. Isto é sabido. Os que aderiram ao seu projecto, uns fizeram-no com convicção e entregaram-se com afinco e duma maneira desprendida; outros, a sua aderência foi alimentada por um carácter comparável ao de um comerciante, cuja actividade visa o lucro. Comércio sem lucro, arruina-se, sim. Mas, se num Partido e falando da UNITA, a ideia de lucro dominar a mente de um membro e ainda mais como “dirigente”, a organização estiola.
Por: Ilídio Chissanga Eurico, Coronel na Reforma.
A sua participação fica fadada ao fracasso, mesmo que se esforce por algum tempo, por força de circunstâncias (aqui a referência é nos tempos do Presidente Fundador). Não tem a sua mente moldada de acordo com os princípios da organização. Fica como um anel de fantasia que brilha e chama “atenção”; mas, depois, perde aquele brilho inicial, porque é fantasia. Muito interessante o que o dicionário português nos traz: para além de ser gosto extravagante, também diz que é obra em que o artista ou o escritor segue a sua imaginação, sem se sujeitar à verdade ou às regras. Está tudo dito. É a actual UNITA-ACJ. É brincar a Partido. A agitação vivida desde a preparação do seu “reinado”, continha já, à partida, muita fantasia. Veja-se como está a UNITA hoje! Todos aqueles que a conhecem (UNITA), vêem que alguma coisa não vai bem.
A UNITA é só uma e não se queira inventar mais nada. Houve momentos em que se cantava uma canção com o título “Okamunu kamosi” (uma única pessoa). Resumidamente, essa canção apelava para a atenção ao Pensamento Mestre do Dr Jonas Malheiro Savimbi e que, quem não seguisse, era considerado como obstrutor, passível de exclusão. Estamos a falar do Pensamento Mestre (que arrasta milhões) e, claro, não daquele que fala do galo branco.
O TEMPO ESCLARECE TUDO.
Algum exercício de memória: aquando da impugnação, houve vozes estridentes, afirmando que os signatários tinham sido comprados/corrompidos pelo regime. Até, um deles, que nem branco nem negro é, invocava o Dr Savimbi, quando este dizia que, ao atingirmos as cidades, muitos se venderiam ao regime. Manda a verdade dizer que, ao falar aos microfones na sala, numa reunião, ele próprio sabia quem era. Quanta hipocrisia! Todo que fosse aos microfones falar dos signatários, a tónica era de eles serem instrumentos do regime. O tempo, como mestre que é, esclarece tudo. Os dinheiros exibidos com tanta pompa, afinal saiam de contas congeláveis e congeladas?
Alguém brindou a sociedade com a seguinte frase: “O TEMPO PERGUNTOU AO TEMPO QUANTO TEMPO TINHA O TEMPO; E O TEMPO RESPONDEU AO TEMPO QUE TUDO COM O TEMPO TEM TEMPO”. Tanta algazarra foi apenas para tapar o sol com a peneira? Se a verdade, a honestidade, a transparência, etc, estão na direcção actual (UNITA-ACJ), a PGR estará a benzer pessoas? Miremos o País, não os bolsos ou as regiões de origem (não manchem, por favor, o corredor que já forneceu ao País, grandes nacionalistas).
As acções que visam o desenvolvimento do País, passando pela postura exigente dentro da UNITA, não se fazem com algazarra. É algo sério e já se disse que, a algazarra, nestas lides, só reflecte o gérmen da derrocada.
É, O TEMPO, RESPONDE AO TEMPO.