Consultor João Pereira como considera o café o novo petróleo e abacate o novo ouro
Para o consultor de empresas João Pereira, não existem dúvidas que uma aposta no café, o denominado “ouro negro”, e no abacate, o chamado “petróleo verde”, serão dois investimentos bem conseguidos, porque Angola tem know-how instalado no país, o que permite ter um retorno rápido em apenas dois ou três anos.
João Pereira fez lembrar que, em 1973, Angola era o segundo maior produtor do mundo de café com 220.000 toneladas por ano, hoje, Angola produz apenas cerca de 10.000 toneladas de café.
“Em apenas dois anos, utilizando a tecnologia adequada e o know-how local que já existe, será possível semear e colher muito café. Ou seja, em dois anos é possível multiplicar várias vezes a produção atual, ainda por cima, o café angolano prima por ser de excelente qualidade”, disse.
O especialista acrescenta que o café é particularmente importante, porque o consumo local de café é residual (inferior a 1%), o que significa que o café para Angola pode ser sinónimo de divisas.
Em relação ao abacate, o “petróleo verde”, é uma das frutas com maior crescimento de consumo no mercado internacional, o que a torna especialmente apetecível também para o mercado da exportação e para a geração de mais divisas que o Estado tanto precisa.
“Angola tem, em relação ao abacate, uma enorme e objetiva janela de oportunidade, porque os períodos de produção do abacate em Angola são desfasados dos períodos de produção no resto do mundo”, lembrou.