SAMAKUVA QUER A SUA UNITA DE VOLTA

Samakuva e a ala mais radical da UNITA querem arrancar a UNITA das mãos de ACJ para, segundo eles, “restaurar o projeto de Muangai”.

Por: César C.Chiyaya

Falando à rádio Correio Kianda, Samakuva quando questionado se, apesar de já ter dirigido a UNITA por quase 16 anos.

E de ter 77 anos de idade, ainda pensa em candidatar-se novamente para liderar a UNITA.

Samakuva, fazendo uso de parábolas, disse: “Está tudo em aberto, meu jovem”, ou seja, é uma possibilidade.

A ala mais radical da UNITA gosta de “confusão”, a ponto de ter anulado o congresso que elegeu democraticamente o ACJ.

Eles entendem que a UNITA, liderada por Adalberto Costa Júnior, é uma UNITA que atropela e se desvinculou dos “princípios fundantes” definidos em Muangai.

Em 2019, por exemplo, quando se falava na possibilidade de ACJ se candidatar à presidência da UNITA.

Reagiram: A “UNITA nunca será liderada por um ‘mulato’ que não foi às matas”, diziam eles.

Foi preciso desenvolver uma estratégia.

A campanha que elegeu o ACJ à liderança da UNITA foi feita fora do partido.

Até que, quase na data da realização do congresso, foi possível ouvir discursos públicos de figuras de destaque do partido a falarem para os militantes em comícios: “Vocês estão a ouvir o que dizem por aí?

“Se não elegermos o ACJ, eles também não irão votar na UNITA”, diziam.

Finalmente, o ACJ, apesar de ter perdido todo o apoio da juventude no período pós-eleições de 2022, sempre teve mais apoio e aceitação fora do que dentro do partido.

E os radicais não estão conformados com a derrota e agora querem a sua UNITA de volta.