Angola no grupo de países com taxas de vacinação infantil mais baixas
O país lusófono integra ainda a lista de 10 países que apresentam as taxas de cobertura mais baixas, registando apenas 69%.
Por Redação
Os dados dizem respeito às estimativas da OMS/UNICEF relativas à cobertura nacional de vacinação infantil, hoje divulgadas em Genebra.
No que diz respeito ao sarampo, Angola volta a destacar-se pela negativa, ao ser um dos 10 países que, no conjunto, em 2023 representaram 55% das crianças sem vacina contra o sarampo e um dos
À escala global, a OMS e a UNICEF alertam que os níveis globais de imunização infantil estagnaram em 2023, e o resultado são 2,7 milhões de crianças não vacinadas comparativamente com os níveis pré-covid-19, em 2019.
Num comunicado conjunto, as duas agências da ONU alertam que o resultado é “a falta de proteção que salva vidas”, e destacam que quase três em cada quatro bebés vivem em países onde a baixa cobertura vacinal está a provocar surtos de sarampo.
As últimas estimativas da OMS e da UNICEF sobre a cobertura nacional de imunização (WUENIC, na sigla em inglês) – que fornecem o maior e mais abrangente conjunto de dados do mundo sobre as tendências de imunização para vacinações contra 14 doenças – sublinham a necessidade de esforços contínuos de recuperação e fortalecimento do sistema.
A título de exemplo, a OMS e a UNICEF alertam que o número de crianças que receberam três doses da vacina contra a difteria, tétano e tosse convulsa (DTP, na sigla em inglês) em 2023 – um marcador chave para a cobertura global de imunização – estagnou em 84% (108 milhões).
No entanto, o número de crianças que não receberam uma única dose da vacina aumentou de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.
“Embora tenha havido um progresso modesto em algumas regiões, incluindo a região africana e os países de baixo rendimento, as últimas estimativas sublinham a necessidade de acelerar os esforços para atingir os objetivos da Agenda de Imunização 2030 (IA2030) de 90% de cobertura e não mais de 6,5 milhões de crianças com ‘dose zero’ a nível mundial até 2030“, defendem as duas agências da ONU.