Francisco Furtado acusa efectivos das FAA e Polícia de venderem armas de fogo para os delinquentes
O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, denunciou quarta-feira, a existência de efectivos das Forças Armadas Angolanas, da Polícia Nacional e empresas de segurança, que fornecem armas de fogo a delinquentes para o cometimento de crimes.
Por: Redação
Francisco Furtado, fez estas declarações quando falava na cerimónia de Patenteamento aos novos Oficiais Generais recentemente nomeados, pediu uma atenção especial para o controlo do armamento nas Unidades das Forças Armadas Angolanas e da Polícia Nacional, tendo destacado, que, o SISME tem a responsabilidade de ajudar a direcção das Forças Armadas e a Direcção do Comando Geral da Polícia Nacional a descobrir e “a fazer com que sejam sancionados todos militares e policias que estejam implicados em actos que causam mortes, sofrimentos e outros males a nossa sociedade”, sublinhou.
Segundo o general, das análises feitas dos relatórios de especificidades os crimes que têm se verificado são orgânicos das Forças Armadas e da Polícia Nacional.
Francisco Furtado reconheceu haver um descontrolo que deve ser corrigido no que diz respeito ao uso das armas e munições orgânicas das Forças Armadas Angolanas e da Polícia Nacional.
Francisco Furtado, garantiu também, que têm estado a chamar a atenção sobre algumas situações que se registaram a nível das unidades militares e policiais que carecem de avaliação permanente do ponto de vista de inteligência e de contra-inteligência para se poder corrigir males que afectam a sociedade em geral.
Neste contexto, chamou atenção da necessidade de se exercer um controlo mais eficiente e inspectivo dos cuidados com os meios técnicos colocados à disposição das unidades particularmente do armamento e munições nas arrecadações ou armeiros das unidades.
Francisco Pereira Furtado, criticou os oficiais generais na reforma que ofendem a dignidade dos órgãos de soberania especialmente do Comandante em Chefe e Presidente da República.
“Nós temos estado a acompanhar alguns pronunciamentos de certos elementos, eu digo elementos, porque pela conduta, não podem ser tratados de camaradas porque violaram todas as normas e regras de procedimento que um oficial general deve ter, que concorrem para actos de crimes contra o Estado, Forças Armadas e contra os colegas de profissão que continuam no activo”, disse, alertando que os órgãos competentes ,particularmente da Justiça Militar têm a responsabilidade de acompanhar e tomar as medidas que se impõem.
Reestruturação dos programas
O ministro de Estado assegurou que estão em curso medidas de reestruturação de programas criados pelo Ministério da Defesa Nacional e a serem implementados pelo Instituto de Segurança Social, visando adequar melhor às condições da reforma dos Oficiais Generais Superiores.
Francisco Furtado salientou que é um processo que exige adequação de algumas medidas autenticando a obtenção de recursos em vários projectos empresarias para uma melhor reinserção dos reformados na vida civil.
“Por norma estes processos levam algum tempo, mas acreditamos que nos próximos dois a três anos, estarão criadas as condições para que os oficiais generais possam através de projectos, estruturar aquilo que será o seu futuro e obter apoios necessários para a obtenção dos mesmos”, salientou.
As Forças Armadas Angolanas, acrescentou, estão num processo de reformas e redimensionamento com vista a acompanhar a fase derradeira de transição geracional dos quadros.
Os processos de licenciamentos, acrescentou, a reforma dos oficiais generais e oficiais superior e de outras categorias, são processos normais que ocorrem em qualquer país, “As Forças Armadas angolanas vêm desde 2007 a realizar um processo de adequação à nova condição de paz por formas a aprimorar e estruturar convenientemente o dispositivo militar e o sistema de forças”, disse.
O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República apelou aos recém-licenciados a continuarem a primar por uma conduta digna, a manterem o sentido de responsabilidade e um posicionamento do Estado, “para que não entrem em caminhos desviantes como tem se observado de alguns que enveredam por estas praticas”, referiu.
By: JA