Saga do contrabando do combustível no Zaire: Forças conjuntas apreendem mais de 100 mil litros de combustível
As Forças conjuntas, integradas por efectivos da Marinha de Guerra Angolana, da Polícia Nacional e do Serviço de Investigação Criminal, no município do Soyo, província do Zaire, apreenderam mais de 100 mil litros de combustível.
Por: Redação
Tanques de combustíveis colocados no interior do depósito onde chegavam motorizadas para carregarem os bidões © Fotografia por: Adolfo Dumbo | Edições Novembro
Segundo o porta-voz da operação, tenente de fragata João Kassanga, o combustível encontrava-se armazenado em recipientes em duas casas situadas no bairro Nkungu-Yengele.
Para o tenente de fragata, que falava quinta-feira à imprensa, a operação foi feita depois das Forças conjuntas receberem uma denúncia anónima, seguida de uma investigação aturada pelos efectivos do
Serviço de Investigação Criminal, em colaboração com outras forças.
No quintal da referida “bomba de combustivel” existem, conforme disse o tenente de fragata João Kassanga, vários reservatórios de combustível.
João Kassanga explicou que durante a operação se constatou que os supostos contrabandistas retiravam o combustível dos tanques para bidões de 250 litros e posteriormente eram transportados, por motos de três rodas, para os canais da rede, que por sua vez transpunham a fronteira.
Para não atrapalhar as investigações, o tenente de fragata garantiuque os responsáveis vão trabalhar para acabar com o contrabando na província “Os mandantes vão aparecer e essa prática de contrabandear combustível, com o empenho das Forças conjuntas e com o apoio da superestrutura, vai acabar, pelo menos na Região Naval Norte”, afirmou. O esquema consistia na bombagem do combustivél dos tanques colocados no interior do despósito para a parte externa do quintal, onde chegavam com frequência motorizadas de três rodas carregadas de bidões.
Efectivos da Marinha confiscam avultadas somas monetárias
As Forças da Marinha de Guerra Angolana, destacadas na Região Naval Norte, interceptaram e apreenderam, recentemente, uma embarcação de fibra, tripulada por dois cidadãos congoleses democráticos, que navegavam ilegalmente nas águas do Soyo, província do Zaire.
Além de navegar ilegalmente em águas territoriais angolanas, segundo o tenente de fragata João Kassanga, transportavam seis milhões de kwanzas e diversas mercadorias não declaradas à Agência Geral Tributária (AGT).
O porta-voz da Região Naval Norte, João Kassanga, disse ao Jornal de Angola que a intercepção e apreensão da referida embarcação resultou de uma operação que tem sido desencadeada na orla marítima pelos efectivos da Região Naval Norte
Os valores apreendidos, referiu João Kassanga, presume-se que os mesmos pretendiam cambiar, numa das localidades da República Democrático do Congo, em dólares ou euros, para posteriormente abastecer o mercado de câmbio informal de várias províncias do país
Quando questionado em que local foi feito o carregamento da mercadoria, o tenente de fragata João Kassanga disse: “É provável que foi feito no Porto de Kimbumba ou num outro local em que é possível a cabotagem”, sublinhou.
O tenente de fragata esclareceu, por outro lado, que os tripulantes, além de navegarem ilegalmente em águas territoriais angolanas, transportavam enorme quantidade de mercadoria não declarada junto da AGT, assim como os seis milhões de kwanzas.
Os tripulantes, garantiu João Kassanga, foram encaminhados à direcção do Serviço de Investigação Criminal (SIC), assim como as provas do delito, as mercadorias e a quantidade monetária para os procedimentos que se impõem.
By: JA