ACULPA NÃO DEVE MORRER SEM CULPA
Após a apoteosa demonstração de insatisfação das decisões politicamente necessárias mas que estrategicamente imprudentes, ora que segue o anúncio de ”presumíveis” responsáveis pela incitação à violência e distúrbios sociais no transato dia 17 de Julho de 2023.
Por: Manuel Cornélio
Na imprensa pública, fomos blindados com informações “oficiais” a exporem a formação política UNITA como sendo a responsável pela violência e distúrbios, como elanca a polícia nacional.
Nesta perspectiva, elucidemos os cidadãos o seguinte, presumimos aqui que, na presença desta denúncia oficial, a polícia nacional tenha provas suficientes para assim assumir-se, porém, deve o seguinte fazer:
Intentar uma ação judicial à responsabilizar a UNITA pelos danos causados a centenas de cidadãos que forem vítimas;
Exigir uma indemnização justa quer para os lesados, quer para o Estado face aos danos causados pela irresponsabilidade da UNITA ao incitar violência.
Agindo desta forma, estar-se-ia a criar condições perfeitas para garantir a maturação do Estado democrático e de direito salvaguardo pela constituição da República de Angola, fazendo o contrário; insto a UNITA o seguinte:
Exigir por parte de quem o acusa, provas para o efeito;
Não ausência delas, exigir um pedido de desculpas públicas e reparo de danos causados quer para os cidadãos quer pela reputação do partido, afinal, a UNITA é uma instituição pública que merece respeito.
Os organizadores da manifestação, devem intentar um processo judicial junto do tribunal constitucional contra o governo provincial de Luanda por violar sistemicamente direitos fundamentais salvaguardados na constituição.
Há males que veem para o bem e essa, é uma oportunidade para se discutir judicialmente a responsabilização dos danos, afinal, manifestar-se não é crime, crime é reprimir quem manifesta uma indignação face à um fracasso governativo, sim, a culpa não deve morrer sem culpa, alguém deve assumi-la e arcar com as respetivas consequências, Angola, não é propriedade de um ser unitário, é de todos nós e todos cabemos nela quer divergindo quer concordando.