Viana: Ravina ameaça engolir residências, população preocupada com o silêncio das autoridades
Várias casas, no bairro capalanga, municipio de Viana, em Luanda, estão na iminência de desabamento em consequência de uma ravina de grandes dimensões que passa no interior do bairro.
Por: Albino Azer
Alguns munícipes ouvidos pelo Primeiro Impacto esta quarta-feira, 30 de Outubro, revelaram preocupação, em função do alargamento que esta vala tem registado nos últimos anos, provocado pelas cheias, resultantes das enxurradas.
A ravina em referência, tem a sua génese na bacia de retenção do Hipermercado Kero de Viana, rasgando parte do Kapalanga e bairros da Boa Fé em Viana.
Armando Kataleco, residente no Kapalanga há mais de 8 anos, tem sua casa construída há 10 metros da ravina, ele conta que não tem tido sono, pois, a situação continua sendo cada dia que passa mais preocupante ” não temos onde ir. As nossas condições não favorecem comprar terrenos em zonas seguras e construir, neste momento em que tudo está a preço de ouro no mercado” disse.
Outra cidadã identificada apenas pelo nome de mana Mónica, disse ao Primeiro Impacto, que a situação já é do domínio dos responsáveis “coordenadores” do bairro, mas estes, segundo ela, nada fazem para levar a situação à administração municipal do município de Viana.
“Há muito que pedimos socorro, mas até agora não temos resposta”
O Primeiro Impacto constatou no local, que várias crianças atravessam esta vala de segunda a sexta-feira, para chegarem à escola, perigando deste modo, a vida dos petizes.
Uma outra realidade que periga a vida dos moradores daquele perímetro, é o excesso de lixo que os mesmo depositam ao longo da vala.
Entretanto, a Administração municipal de Viana, deu início há 4 anos aos trabalhos de construção da vala, trabalhos estes que há dois anos, segundo os moradores, estão paralisados por razões desconhecidas.
O Primeiro Impacto sabe, de fontes fidedignas, que a construção desta ravina consta no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
A nossa redação tentou o contacto com a Administração local, mas sem sucesso.