O GRUPO PARLAMENTAR DA UNITA E A COMPOSIÇÃO DA CNE
Militantes da Gloriosa UNITA, compatriotas,
a experiência adquirida ao longo dos quatro processos eleitorais realizados até aqui desde a instituição do Estado Democrático de Direito consagrado na lei 23/92 de 5 Maio fruto dos acordos de Bissesse, nos leva a reavaliar os novos caminhos traçados ou já avançados, se na verdade, o objetivo é mesmo melhorar o controlo de forma efectiva dos resultados Eleitorais nos próximos pleitos.
Por: Filipe Mendonça
Para tal, devemos louvar todas as iniciativas legislativas que imponham no quadro da organização e gestão dos processos eleitorais uma lei que dê legitimidade à um órgão que organize, financie os fiscais eleitorais dos Partidos políticos concorrentes e também da sociedade civil pois, o acto de votar, controlo do voto diz respeito a sociedade e não apenas aos partidos políticos.
O controlo do voto a partir das mesas das assembleias de voto tem sido o verdadeiro calcanhar de Aquiles para os Partidos políticos na oposição o que tem dificultado os mesmos contrariar com provas suficientes os resultados divulgados pela CNE. Fora disso, as reivindicações que estão a ser apresentadas, apesar de serem legitimas, são neste momento a estratégia única de acomodar os amigos Francisco’s Viana’s em detrimento dos verdadeiros militantes da UNITA ou do controlo da FRAUDE propriamente dita. Este é o primeiro aspecto.
O segundo, é que o Movimento de Resgate sempre apelou para a necessidade do estabelecimento de um ambiente de proximidade e diálogo permanente entre o Presidente da República e o Presidente do maior Partiro na Oposição. O que temos estado a assistir parece que continuamos num ambiente do conflito armado. O combate aproximado exige outras regras, o confronto de ideias e o diálogo com o adversário. O Dr. Savimbi nas circunstâncias mais nebulosas da nossa história, nunca deixou de estabelecer pontes de diálogo com o regime de Luanda e aí, para sermos honestos para com a história, o nosso reconhecimento vai para o papel desempenhado pela Igreja Católica através da qual o partido manteve a comunicação com o governo do MPLA. Que o diga o Sr. Padre Oliveira. Consulte-se a sua obra” o padre de Savimbi”. Assim foi a luta armada.
Sem desprimor pelos demais partidos políticos, o MPLA e a UNITA têm responsabilidades acrescidas e os encontros dos seus líderes não se devem limitar apenas quando se realizam reuniões do Conselho da República. E aqui chegados, é importante que se saiba, tendo em conta a realidade política do nosso país, que o acréscimo de mais um mandato para a UNITA na CNE, sem menosprezar os poderes da Presidente da Assembleia Nacional, a Dra. Carolina Cerqueira, é necessário que se crie clima de diálogo entre os dois principais actores da política angolana (JLo & ACJ).
O MPLA nada mais tem a dar para este país, mas, se o que nós queremos realmente é mudar o sistema, é importante oferecermos ao país um ambiente de tranquilidade e segurança aos atuais dirigentes que governam o país. A isso chamamos GRANDEZA MORAL.
Fora disso e imaginando o que se passa em Moçambique, não fica nada bem para as metas de desenvolvimento que nos propusemos atingir.
TENHO DITO E MUITO OBRIGADO.