Presidente do Sindicato dos Médicos Angolanos diz que a cólera que afecta parte da população do bairro Paraíso em Cacuaco era previsível

O Presidente do Sindicato dos Médicos Angolanos, Adriano Manuel, considerou, esta sexta-feira 10 de Janeiro de 2025, em Luanda, que a cólera que afecta parte da população do bairro Paraíso em Cacuaco, era previsível porque o Governo Angolano investe em construção de grandes hospitais descorando o sistema primário de saúde.
Por: Redação
De acordo com o também médico, para controlar a cólera ou uma outra doença no país era necessário que o governo apostasse no sistema de saúde preventivo.
“O que se passa é que durante esse tempo todo o governo vive investindo no sistema de saúde curativo que no sistema preventivo”, disse.
O sindicalista disse por outro lado, que a pobreza galopante que o país vive, influencia negativamente para que tenhamos doenças infecciosas que poderiam serem controladas.
“Havendo um descontrole a taxa de mortalidade será alta porque os hospitais não estão preparados para um volume de doentes com doenças diarreicas agudas”, alerta o presidente do Sindicato dos Médicos.
Adriano Manuel diz esperar que as autoridades sanitárias consigam confinar a cólera no local onde surgiu, no sentido de se evitar a sua propagação pela cidade capital, Luanda.
O bairro Paraíso em Cacuaco, Luanda, é o epicentro da cólera no país. Segundo apurou o Primeiro Impacto, dos primeiros 25 casos que tinham sido internados numa das unidades sanitárias do município mais a norte de Luanda, após terem sido diagnosticados com a doença, pelo menos seis (6) foram à óbito, em consequência da doença que está assolar aquele bairro do município de Cacuaco, em Luanda.