Lixo ameaça “engolir” as principais zonas do Kilamba Kiaxi

Num clima tenso, face ao novo surto da cólera e à resistência de outras doenças como a malária, a população do município do Kilamba Kiaxi, na província de Luanda, tem nos elevados amontoados de lixo nas ruas da circunscrição uma das grandes preocupações de sempre.

Por: Redação

Diante dessa realidade, os habitantes do Kilamba Kiaxi, um dos actuais 16 municípios da capital do país que hoje celebra 449 anos da sua fundação como cidade, clamam por acções urgentes para melhorar o processo de recolha dos resíduos sólidos como garante de uma melhor saúde pública.

Quem anda pelas artérias do município facilmente se confronta com pesados montes de lixo que, nalguns casos, “consomem” estradas inteiras e passeios transformados em autênticas lixeiras, criando sérios constrangimentos à mobilidade.

Acontece-se, porém, que o problema não está apenas em melhorar o sistema de recolha de resíduos mas também em investir fortemente na mudança de mentalidades dos munícipes para neles incutir mais civismo e urbanidade é muito comum encontrar-se contentores vários com muito lixo à sua volta, situação que muitos atribuem em parte à cultura predominante em algumas famílias de mandar crianças depositar os lixos domésticos ao que junta vários outros factores facilmente combatíveis.

A situação preocupa governantes e autoridades sanitárias do município que têm desenvolvido acções várias para combater o lixo, a começar pelas sensibilização da população aos cuidados na gestão dos resíduos sólidos.

A preocupação torna-se maior ainda agora com o surgimento de novos casos declarados de cólera em Angola, apesar de o município do Kilamba Kiasi não ter registado nenhum caso da doença, até ao momento Município em movimento.

Apesar deste problema, o municipio mantém-se em movimento e crescimento do ponto de vista social e do desenvolvimento humano, com a administração local apostada na superação das adversidades existentes.

Numa ronda efectuada no quadro das celebrações dos 449 anos da cidade de Luanda, ANGOP constatou que, por exemplo, com a colerje malána por perto, os municipes do Kilamba Kiaxi combatem o mau cheiro e os vermes ateando fogo aos residuos, aparentemente indiferentes às consequências de tuis práticas para o meio ambiente.

Além da acumulação de residuos sólidos em locais impróprios, a falta de água também preocupa os moradores, até gerar uma sensação de insegurança pública, tendo em conta as medidas de prevenção contra aquelas doenças pela higienização.

As condições de aparecimento de lixo provocam moscas entre outros seres nocivos à saúde. Nós já não sabemos o que fazer com tanta mosca devido ao lixo, disse à ANGOP Herminia Bartolomeu, moradora do bairro Capolo Apesar dos trabalhos desenvolvidos pela administração local, sobretudo no combate ao lixo, os moradores

Apesar dos trabalhos desenvolvidos pela administração local, sobretudo no combate ao lixo, os morador afirmam que a actual situação está a prejudicar a comunidade.

Em meio a dificuldades sociais e económicas, adultos e crianças, em muitas zonas da capital do país, encontram no lixo uma fonte de rendimento, facto que continua a tirar o sono dos populares, segundo o coordenador da Comissão de Moradores do Catinton, Nunes dos Santos. “Todos os dias, as pessoas convivem com o mau cheiro e muitas moscas.

Temos recebido várias orientações da administração municipal, no sentido de a nossa comunidade cuidar do saneamento básico bem como temos participado em palestras promovidas pelas autoridades sanitárias, no intuito de travar doenças como a cólera e malária”, admitiu.

Autoridades prometem melhorias Em função disso, a administradora municipal do Kilamba Kiaxi, Naulila André, reiterou o reforço das acç de sensibilização da população e a melhoria do sistema de recolha de residuos sólidos, para prevenir a propagação de doenças na localidade.

A responsável, que tem efectuado, nos últimos dias, visitas de constatação às valas de drenagem e loca de depósito de resíduos sólidos nos bairros que compõem o município do Kilamba Kiaxi, dando ênfase Catinton e Capolo, realçou a importância de uma maior intervenção da população nos programas que evitar a propagação da cólera. Disse que os pontos de recolha de lixo perto das unidades de saúde e concentração de pessoas merec maior atenção na recolha desses residuos e em horários adequados.

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