“A democracia faz-se com votos e diálogo permanente para que o mandato garantido pelo povo sirva para honrar a Casa das Leis”
A Presidente da Assembleia Nacional de Angola afirmou que, no novo protocolo de cooperação assinado com o Parlamento de Cabo Verde, foram identificadas áreas novas que devem ser reforçadas e adaptadas à actual actividades dos dois parlamentos, para que haja uma cooperação mais pragmática. Carolina Cerqueira defende uma democracia forte e robusta por meio do diálogo para a garantia da boa reputação dos Parlamentos.
Por: Redação
“A Democracia faz-se com votos, tolerância e diálogo permanente para que o mandato garantido pelo povo sirva para honrar a Casa das Leis, como uma instituição de paz, forte, credível, capaz de realizar a tarefa de construir o país com a confiança e o poder conferido pelo povo nas eleições”, afirmou, no âmbito do protocolo de cooperação entre os parlamentos de Cabo Verde e Angola, assinado, na segunda-feira (26), na Praia.
“Hoje será um dia histórico para os parlamentos de Cabo Verde e Angola, porque, com a adenda ao acordo assinado há precisamente nove anos, demos um passo em frente em relação à sistematização do acordo existente, com áreas inovadoras e que são determinantes para o trabalho das nossas instituições”, acrescentou.
A responsável referiu que, no documento, foram identificadas áreas novas onde a cooperação deve ser reforçada e adaptada à actual actividade dos dois parlamentos,
para que “haja uma cooperação mais pragmática, mais dinâmica e, sobretudo, que responda ao interesse”, não só, das instituições,“ mas, também, das populações”.
Após a assinatura, numa cerimónia realizada na sede da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Carolina Cerqueira ressaltou que a paz, a tolerância, o diálogo e a concertação são fundamentos essenciais e primordiais para parlamentos credíveis e democráticos, em respeito à ordem constitucional.
A presidente da Assembleia Nacional de Angola entende que, para que a actividade parlamentar seja apanágio da democracia, deve ser alimentada pelo debate construtivo e urbano, para se conseguir um denominador comum entreos partidos políticos, prevalecendo sempre o bom senso, alisura, a responsabilidade e a ética, de modo que a actividade parlamentar seja a expressão da maturidade e da confiança entre os vários actores políticos.
A Presidente da AN disse almejar que o Parlamento angolano seja um farol de grande referência democrática, quer a nível do continente africano, quer mundial.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou que os parlamentos “podem ser vozes que amplificam a necessidade de atenção dos países africanos”par a a promoção da paz, preocupação que diz ser“ partilhada” com Angola.
“Esta visita [a Cabo Verde] é uma valiosa o portunidade para fortalecer os laços entre Cabo Verde e Angola, destacando-se a assinatura de um protocolo de cooperação parlamentar em áreas-chave para ambos os países, como a segurança cibernética, mudanças climáticas, paridade e equidade de género, modernização dos parlamentos e inteligência artificial”, destacou Ulisses Correia e Silva.