Líder da UNITA acusa MPLA de transformar imagem da mulher no símbolo da pobreza volvidos 23 anos de paz

O Político fez essas acusações quando discursava neste sábado, 28, em Luanda no acto central das festividades em alusão aos 53 anos da existência da Liga da Mulher Angolana (LIMA), braço feminino do maior partido na oposição em Angola (UNITA).
Por Redação
O evento, que decorreu no interior do Sovsmo, em Viana, foi orientado pelo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, e contou com a presença de diversas individualidades do partido, membros da sociedade civil e centenas de cidadãos.
Adalberto Costa Junior, que começou por esclarecer os meandros da fundação da organização, fez duras acusações ao partido no poder, destacando que cinquenta anos depois da independência nacional e vinte três anos de paz, a imagem da mulher angolana foi transformada no principal símbolo da pobreza e exclusão, tendo como exemplo o actual estado das mulheres em todo o país.
O político disse, na ocasião, que ser membro da LIMA siginifica participar e contribuir na luta da emancipação política da mulher angolana.
” (…) ser membro da LIMA torna-se uma absoluta necessidade na emancipação política, porquanto infelizmente as mulheres, maioritariamente, foram arrastadas para uma realidade distante da verdadeira democracia. A mulher angolana é-lhe negada, por um grupo de maus patriotas, a conquista pós-independência, arrastando-as à pobreza extrema e à exclusão social.
O evento serviu, igualmente, para homenagear algumas figuras do partido, com destaque para Isalina Kawina (primeira presidente da LIMA) e Diamantino Mussokola- a título póstumo.
De recordar, a LIMA foi fundada há 53 anos por Jonas Savimbi- a 18 de Junho de 1972-, na localidade de Massivi, província do Moxico.