Partido Liberal diz que Governo tributa “pobres” para sustentar “ricos”

O Partido Liberal manifestou esta segunda-feira, 07 de julho, o seu mais veemente repúdio pela forma como o Governo decidiu avançar com a retirada total do subsídio ao combustível, e acusa-o de empurrar milhões de angolanos para uma condição de indigência económica e colapso social.


Por: redação PI

De acordo com o comunicado a que o Primeiro Impacto teve acesso, o Partido Liberal liderado por Luís de Castro está-se perante um Estado que “tributa os pobres para sustentar os ricos”.

“Um Governo em fim de mandato não tem legitimidade moral para impor mais sacrifícios a um povo exausto. O Executivo, sustentado por uma maioria parlamentar capturada, revela mais uma vez a sua prioridade: proteger os privilégios de uma elite política e empresarial encostada ao poder, enquanto transfere os custos da sua má gestão para o cidadão comum”, lê-se no comunicado assinado pelo presidente do partido Liberal.

Para o Partido Liberal (PL), a narrativa da sustentabilidade fiscal evocada no comunicado da Agência Nacional de Transportes Terrestre não passa de uma medida falaciosa.

“Durante anos, o erário foi drenado por má gestão, corrupção institucionalizada e prioridades invertidas. Não se pode agora, com discursos tecnocráticos, pedir ao povo que “compreenda o esforço” quando o próprio Estado não dá o exemplo de austeridade, transparência ou reforma”.

  1. O corte de subsídios sem contrapartidas é uma violência social.

O PL considera um ataque à economia das famílias, sobretudo no interior e nas periferias urbanas, onde o transporte informal é vital, eliminar o subsídio ao combustível sem medidas compensatórias como incentivos à produção.

“Estamos perante um Estado que tributa os pobres para sustentar os ricos.
O Governo não cortou nos seus luxos: não reduziu ministérios inúteis, nem o número de assessores, nem os gastos com viaturas de luxo, festas protocolares ou viagens desnecessárias. Mas corta naquilo que impacta diretamente o custo de vida do povo”.

Entretanto, o Partido Liberal entende que o país precisa de contas públicas sustentáveis mas, diz o comunicado, não à custa dos que nada têm. “Acreditamos numa reforma económica baseada em: combate real à corrupção e ao desperdício; Redução do Estado parasitário; Abertura à iniciativa privada e local; Redução de impostos sobre os mais produtivos e mais pobres; em vez de subsídios escondidos que alimentam cartéis.

“Angola não precisa de mais sacrifícios do povo, precisa de coragem política, justiça económica e respeito pelos seus cidadão”, finalizou.

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