Activista diz que Angola vive um estado de sítio não declarado

“Há realmente um estado de sítio não declarado, que actualmente está sobre Angola”, declarou o activista Adilson Manuel na sequência de informações que circulam nas redes sociais segundo as quais está em curso uma mobilização sem precedentes de forças policiais e militares, com presença reforçada nos principais pontos da cidade cujo objetivo declarado é “garantir a ordem e tranquilidade pública”.


Por: redação PI

Segundo fontes próximas à TV Zinga, Luanda estará sob “sinal vermelho”, com a declaração de um estado total de alerta, a partir de segunda-feira,11, até ao dia 17 do corrente mês. A medida, de acordo com a fonte que temos vindo a citar, surge na sequência da anunciada paralisação nacional dos taxistas, em solidariedade ao vice-presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), atualmente detido em circunstâncias controversas.

Activista cívico Adilson Manuel, ouvido pelo Primeiro Impacto, afirmou que o suposto sinal de total alerta justifica-se pelo
grau de impacto que a paralisação dos dias 28, 29 e 30 teve, facto que acabou por colocar a corporação policial à prova.

“Daí que nós vimos que não houve contingente policial suficiente para poder reestabelecer a ordem e a tranquilidade.
Entretanto, estamos a ver que há também já uma situação que está sendo preparada para poder não só controlar aquilo que é a onda de manifestações, mas também para poder controlar e deter ou prender pessoas que estejam, obviamente, envolvidas nisso”, disse.

O activista acusou por outro lado, o Executivo de com esta “eventual” medida, furtar-se das suas responsabilidades de resolver os problemas que estão na base das últimas manifestações.

“Como a situação do vandalismo, das pilhagens e isso são sinais claros de que não há uma ideia clara para a resolução dessa situação. Mas, há uma vontade de tornar essa situação insuportável, para que a própria população não consiga sair às ruas, para que as pessoas fiquem com medo de sair às ruas e fazer com que as manifestações ou as greves sejam criminalizadas”, declarou.

Entretanto, numa nota da ANATA associação que defende e orienta a classe dos taxistas em Angola a que o Primeiro Impacto teve acesso, a organização demarca-se de qualquer convocatória de greve para os próximos dias.

“A ANATA não convocou qualquer paralisação para os dias 11 a 17 do mês em curso. Exortamos todos os taxistas a exercer a sua atividade normalmente, aguardando informações sobre o vice presidente firmes e esperançosos através dos nossos advogados que estão a cuidar do caso”, lê-se na nota.

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