“Alguns estão na política só para encher o próprio ego”

Em plana gritante subida dos preços do gasóleo e consequentemente dos transportes públicos, estranha-nos o ensurdecedor silêncio dos líderes dos novos Partidos, que se esperam em condições normais aspirantes ao poder em 2027.
Por: Pedro Mota-Jornalista
Para além do líder do Partido Liberal (P.L), Luís Castro, os holofotes dos media digitais, não flagraram nos vários percursos da manifestação deste sábado 12 de Julho, quem quer que fosse. Não foi visto Abel Chivukuvuku, nem Dinho Chingunji do ANA-Angola, tampouco Julho Bessa do Cidadania, que podiam ter aproveitado o exercício de cidadania dos manifestantes, para sinalizar interesses nos assuntos dos plebeus, sequer deram o ar da sua graça, na manifestação convocada pelos habituais arruaceiros, segundo o rótulo de quem manda.
Houve quem tivesse gritado por algum humanismo. E nem mesmo a mãe Bela das Zungueiras, espreitou para ver o que é que se passava.
Era suposto vê-los, num gesto que seria um claro sinal de amparo e liderança dos desnorteados. Ao que parece, mas só mesmo ao que parece, para alguns, o custo de vida ainda não é algo com que se preocupar.
Aliás como diz o artista, eu estou “esconfiar” que há gente na política que não conhece as melhores oportunidades para piscar o olho ao eleitor.
Depois do recente episódio dos nossos irmãos do Índico, não se cala a pergunta de quem vai protagonizar a marcha da mudança do paradigma político e social do país.
Ao que tudo indica, não há bolas e aqui permitam-me a expressão os mais puritanos, para abrir o caminho do “chega”.
Há uma enorme escassez de condições sociais, andamos de costas viradas com o dinheiro, o poder de compra está em carreto 18, e ao que tudo indica, ainda não nasceu o “VM7 do Atlântico”.
Pontos vão para o líder do Movimento dos Estudantes Angolanos, que não sei se por ainda não ter um Lexus, ou por não ter visto ainda envelopes e caixas térmicas, pois nunca arreda o pé de uma marcha de protesto.
Também estou a “esconfiar”, que alguns só estão na política para encher o próprio ego, isso para não falar de encher a algibeira. Talvez seja só pala okubanga opimpa.
Como eu não tenho advogado, fico só por aqui!