Cidadãos no Kilometro-30 denunciam falsos funcionários da Administração do Sequele de usurpação de parque de táxi

Os cidadãos denunciam que os falsos funcionários da administração pretendem beneficiar cidadãos estrangeiros que pretendem erguer, no local, armazéns de vende de bens alimentares, deixando no desemprego mais de 100 famílias angolanas.
Por: Manuikwa Wagiza
Um grupo de mais de 100 cidadãos que ganha a sua vida no mercado do Quilometro -30, município do Sequele, província do Icolo e Bengo, acusa supostos funcionários da administração local de usarem o nome da instituição para usurpar terreno.

O espaço em causa, segundo Belarmino Manuel, líder dos queixosos, é utilizado como paragem de táxis local, interprovincial, moto táxi, bem como para venda informal.
“Acontece que a dado momento fomos aliciados a negociar parte do espaço. Sentamos e chegamos a conclusão que devíamos ceder, pois tínhamos muito espaço. Entanto, depois da cedência um grupo supostamente da administração decidiu que devia ficar com todo espaço, o que não aceitamos”, afirmou.
Apesar do não dos sócios do espaço, a verdade é que um grupo que se diz funcionários da administração já começou a meter material de construção no local que não foi negociado, com o objetivo de erguer um armazém de vende de produtos.
“Os falsos funcionários da administração, acompanhados de estrangeiros e um tal e P.K que é o financeiro, já estão a colocar material no local. Já informamos a polícia local e a administração, que disseram que iriam tomar medidas, mas até agora nada. O caso já leva quase um mês”, lamentou.
Enquanto o diferendo não se ultrapassa, no terreno já há relatos de ferimentos de lotadores do referido parque, acção protagonizada por pessoas ligadas ao PK, financeiro ao serviço de estrangeiros que cobiçam o espaço.
“Temos pessoas que já foram gravemente feridas por causa da disputa. Entretanto, somos pelo dialogo. É por isso que contactamos e polícia e a administração para saber sobre o que se passa. E na administração ficamos a saber que o pessoal que tem vindo cá não são funcionário”, denunciou.
Referem ainda que, para adquirem o espaço tiveram que desembolsar cerca de 3 milhões de Kwanzas. “Já trabalhamos o espaço que agora ficou apetecível. Queriam nos dar um espaço aonde estão outras famílias. Na verdade querem nos meter em conflito com outras famílias, pelo que recusamos”, explicou.
Apesar dos apelos e dos contactos feitos junto das autoridades, incluindo da polícia, os jovens que têm naquele local o seu ganha-pão temem pelos empregos. São muitas famílias que vivem, directa e indirectamente, da venda e da cobrança pelo estacionamento de motorizadas e de viaturas que fazem rotas interprovincial, que arriscam a ficar sem o local de trabalho por conta da disputa que envolve cidadãos estrangeiros e supostos funcionários da administração municipal do Sequele, província do Icolo e Bengo.