Economia: Presidente da UNITA defende reformas económicas que tragam emprego, desenvolvimento do país

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, garantiu recentemente, em Luanda, que seu partido está trabalhar firme com objetivo de conquistar “com a verdade”, metas que tragam emprego, desenvolvimento e estabilidade, para obter rendimentos idênticos ao período 2011–2015.
Por Albino Azer
Costa Júnior fez estes pronunciamentos durante uma conferência de imprensa que visou apresentar o estado da economia do país tendo em vista a celebração dos 50 anos de Independência que o país assinala.
“O nosso objectivo é o de conquistarmos, com a verdade, metas que tragam emprego, desenvolvimento e estabilidade, para voltarmos a obter rendimentos idênticos ao período 2011–2015. Não era um nível de vida bom, porém, era relativamente melhor do que o actual, a que deveremos acrescer reformas para sustentar o crescimento económico e social”.
No seu discurso sobre estado da economia do país, Adalberto Costa Júnior disse que seriam necessários 23 anos num cenário optimista e 70 anos num cenário de base.
“Tendo em conta a realidade de crescimento decorrente de uma sociedade em que existe um partido bloqueador das reformas políticas necessárias para se libertar o mercado, seriam necessários 23 anos num cenário optimista e 70 anos num cenário de base. Isso implicaria suportar décadas de estagnação económica, social e política”, disse.
Sobre esta capacidade de efectuar reformas, sacrifícios e transparência, ACJ entende que “os angolanos já perceberam que não será possível com esta regime, não será possível com este governo que virou as costas ao país e trata apenas dos interesses do seu partido e do enriquecimento astronómico dos chefes”, acusou.
Para o líder do galo negro, uma alternância política em 2027 proporcionará o choque positivo necessário para, com a urgência devida, ser possível implementar reformas políticas pró-sociedade e pró-mercado que Angola carece urgentemente.
O presidente do maior partido na oposição angolana explicou que o desafio deve consistir em duplicar o PIB anteriormente estimado de 187 mil milhões de dólares em cada sete anos no máximo, almejando, para tal, um crescimento ininterrupto médio anual de 10% ao ano. Assim, passar-se-ia para uma economia avaliada em 374 mil milhões de dólares, depois para 748 mil milhões de dólares e assim sucessivamente. Com o PIB de 748 mil milhões de dólares, espera-se uma população entre 60 e 70 milhões de habitantes, mas ainda assim, um rendimento médio por habitante superior a 10 mil dólares/ano.
A UNITA entende que com esta medida a taxa da população a viver com menos de 2 dólares por dia reduzir-se-ia dos actuais quase 50% da população para ZERO.
“Hoje, com o fortíssimo declínio da actividade petrolífera manifestado através dos actuais níveis de produção, já não é possível disfarçar ou recorrer a make-ups. Tais como, abuso da contratação simplificada e ajustes directos como modalidade de eleição da contratação pública”, explicou Adalberto Costa Júnior que falava a margem de uma conferência de imprensa, realizada recentemente em Luanda e que visou apresentar o estado da economia do país.