Executores da morte do jovem estudante Inocêncio Matos continuam impunes há 5 anos
Em alusão aos 5 anos, desde que o estudante do 3° ano do curso de ciências de computação na faculdade de engenharia da Universidade Dr. Antonio Augustinho Neto, foi morto pelos serviços de segurança de Estado, o pai do Jovem Herói , escreve uma mensagem para recordar com tristeza e com lágrimas nos olhos o dia 11 de Novembro de 2020, dia em que Inocêncio de Alfredo de Motas, participava numa infeliz manifestação.
Excelências,
Senhoras e Senhoras,
Os nossos melhores cumprimentos.
Neste dia 11 de novembro, completa-se cinco anos, desde o ass@ssin@t0 do malogrado Inocêncio Alberto de Matos, jovem de 26 anos de idade, de profundo compromisso ético/moral, estudante do 3° ano em ciências de computação na faculdade de engenharia da Universidade Dr. Antonio Augustinho Neto.
Nascido aos 4 de fevereiro de 1994, ass@ssin@d0 pelas forças da polícia nacional, ao serviço do estado angolano, no decurso da manifestação ocorrida na cidade de Luanda, em 11 de novembro de 2020. (alvejado mort@llment& com disparo de arma de fogo pela cabeça, nas imediações do hospital Américo Boa Vida), Conforme relatos de testemunhas oculares.
No suposto cumprimento de inusitadas palavras de ordem do Senhor Eugénio Labirinto, nas vestes de Ministro do interior, proferidas aos microfones dos órgãos de comunicação social pública, à margem da conferência de imprensa, no dia 03 de abril de 2020, dizendo:
A POLÍCIA NÃO DISTRIBUI REBUÇADOS E CHOCOLATES;
Como em nenhuma circunstância a polícia nacional, deviam distribuir DOR E LUTO aos angolanos, no uso dos seus direitos consagrados pela Constituição da República de Angola. Requerendo simplesmente e tão somente, ORDEM E TRANQUILIDADE PÚBLICA, à Luz da Constituição da República de Angola e demais termos da Lei, cujas as autoridades à quem de direito negam-lhe a justiça.
Caros compatriotas;
No dia trinta de setembro do corrente ano , nos dirigimos ao ministério da justiça e dos direitos humanos, procedemos a marcação de audiência, para que fossemos recebidos pelo senhor ministro da justiça, com objetivo, de reclamar pela omissão de justiça sobre o ass@ssin@t0 do Inocêncio de Matos.
Tendo igualmente marcado uma outra audiência com o mesmo objetivo, para senhora secretária de estado para os direitos humanos.
Infelizmente, tanto o senhor ministro da justiça, quanto a senhora secretária de estado para os direitos humanos, se declinaram a conceder as respectivas audiências, sem que, nos tenha sido feito qualquer esclarecimento.
Excelências:
A presente mensagem consiste na necessidade de exortação da sociedade no sentido de persistir na exigência de justiça sobre aqueles que são mortos pelas mãos de quem tem a obrigatoriedade legal de os proteger.
No dia 26 de Novembro de 2020, o Senhor presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço, reuniu com a juventude no Centro de Convenções de Talatona, na cidade de Luanda, tendo por ocasião prometido aos angolanos de que, Os ÓRGÃOS DE JUSTIÇA ESTÃO A TRABALHAR AFINCADAMENTE NO SENTIDO, DE ESCLARECER O PROCESSO CRIME SOBRE A M0RT& DO INOCÊNCIO DE MATOS, E PUNIR EXEMPLARMENTE OS SEUS MENTORES.
Tendo no momento, o Senhor Francisco Queiroz, nas vestes de ministro da justiça, admitido haver excessos por parte da polícia nacional.
Cinco anos depois do ass@ssin@t0 do INOCÊNCIO DE MATOS, o respectivo processo crime continua sem o devido esclarecimento.
A promessa do Senhor presidente da república remete a sociedade angolana e a juventude em particular, numa expectativa defraudada, considerando o facto um simples acto de gestão dos ânimos exaltados da juventude no momento.
O nome do Inocêncio de Matos, ajunta-se à extensa lista de jovens, que perderam vidas, em circunstâncias iguais, sob punho e gatil de metralhadoras automáticas, adquiridas com recursos do orçamento geral do estado. Paradoxalmente usadas de forma criminosa por indivíduos afectos às forças de defesa segurança e ordem pública, contra os contribuintes do erário público, que clamam pelo melhoramento das condições sociais básicas (saúde, pão e emprego, etc.), das famílias desfavorecidas, que carecem do pequeno almoço para servir aos mais pequenos; como consequência da pilhagem massiva do erário público, geralmente protagonizado por figuras escondidas atrás do fato e da gravata.
Em 26 de Setembro 2017, proferiu-se entre as frases mais sonantes do ano, sob autoria do Senhor presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, o seguinte: NINGUÉM É SUFICIENTEMENTE RICO OU PODEROSO QUE NÃO POSSA SER PUNIDO; NINGUÉM É POBRE DEMAIS, QUE NÃO PODE SER PROTEGIDO.
Recentemente aconteceu a greve dos taxistas, que se pretendia pacífica, culminou com mais de trinta m0rt&$ identificadas, em apenas 72 horas, um saldo médio de m0rt0$, na ordem de trinta e cinco por cento, ao dia.
Àqueles que pensam ou se manifestam diferentes ao propósito das autoridades, particularmente jovens, acabam apelidados de vândalos, arruaceiros, revús, etc. São conotados, presos e castigados pelas mais repugnantes formas de violência existente, incluindo mortes. Reduzindo o estado democrático e de direito num anfiteatro, onde a justiça selectiva e conveniência política determinam os destinos nação.
A constituição e lei, transformados a semelhança de um veículo com defeito de fabrica, que pisca à direita e segue a esquerda.
Usando o órgão castrense, como um clube de falastrōes graduados, impunes à lei e sem a mínima consciência de retratação público, sobre os danos morais causados à sociedade pelas suas palavras.
Lembramos que, Inocêncio Alberto de Matos, nasceu no dia 4 de fevereiro de 1994 e foi ass@ssin@d0 no dia 11 de novembro de 2020, pelas forças da polícia nacional ao serviço do estado angolano.
Incrivelmente, o espírito e prática de repressão colonial prevalecessem.
sob punho irreprimível das forças da polícia nacional ao serviço do estado angolano, que somam e seguem ass@ssin@nd0 desenfreadamente, homens, mulheres e crianças, pelo país, à Luz do dia, tomando exemplo de 11 de novembro de 2020, o massacre da vila mineira de Cafunfo em janeiro de 2021, o recente ass@ssin@t0 de mais de três dezenas de jovens, durante a greve dos taxistas, incluindo mulheres e crianças, nos dias 28, 29 e 30 de julho na cidade de Luanda, apenas para citar, no olhar silencioso da sociedade horrorizada pelos excessos, por parte daqueles que têm a missão de manter a ordem e tranquilidade pública, e perante o silêncio inexplicável dos órgãos de justiça, sobre as atrocidades de governação que semeiam dor e luto, e agregam cada vez mais angolanos no ciclo de miséria e pobreza, conforme justifica a presença de homens mulheres e crianças em volta de contentores de lixo.
Pede-se aos que se prezam pela paz, justiça e desenvolvimento social, à empenhar-se em busca de caminhos e meios conducentes a realização de um fórum nacional de reflexão sobre vítimas de violência com recurso em armas de fogo e injustiça social e a constituição da semana nacional pelas vítimas de violência com recurso em armas de fogo.
Este exercício se impõe no dever de CIDADANIA EM DEFESA DA VIDA.
O Amor é o Broto da Justiça; e a Justiça é o Santuário da Paz; a Paz é o Berço do Desenvolvimento Socioeconómico Sustentável de que, todos almejamos.
Muito obrigado.
VIVA ANGOLA
