INAR anula actividades da Igreja Mensagem do Último Tempo, direcção da igreja diz que vai continuar com as suas actividades normais

A Igreja Mensagem do Último Tempo (IMUT) afirmou que a instituição vai continuar a realizar cultos de adoração a Deus. A medida foi prestada nesta terça-feira, 15 de Julho, em conferência de imprensa de esclarecimento público sobre o conteúdo do comunicado emitido pelo Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR),
Por: redação PI
Durante a conferência de imprensa realizada no Templo Central “Tabernáculo de Luanda”, a Direcção da IMUT informou que não foi notificada por nenhuma via oficial sobre qualquer decisão de revogação do seu reconhecimento legal, tendo tomado conhecimento do referido comunicado apenas por meios informais.
A Igreja esclareceu ainda que os fundamentos apresentados pelo INAR já foram objecto de apreciação judicial em 2024, tendo o Tribunal de Comarca de Luanda decidido favoravelmente à IMUT, por via da Sentença n. 343/24.8TPLDA, de 23 de Agosto de 2024, transitada em julgado, decisão essa que mantém a sua plena legalidade.
Em resposta a direção da igreja garantiu, durante uma conferência de imprensa realizada nesta terça-feira, na sua sede localizada no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi, que vão continuar a realizar cultos com forme o programa. Salvador Francisco director do gabinete jurídico da igreja afirmou que estão a trabalhar juntos das entidades de direito e, brevemente poderão se pronunciar.
O dirigente afirmou que a Igreja mantém a legalidade registada na Conservatória dos Registos Centrais sob o n.º 07, Diário n.º 483, e reconhecida oficialmente pela República de Angola através do Decreto Executivo n.º 40/96, de julho de 1996, publicado no Diário da República – Iª Série n.º 30. Por isso não descarta o seu funcionamento normal.
O Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, anunciou esta segunda-feira (14), a anulação e proibição total da Igreja Mensagem do Último Tempo (IMUT) por práticas que supostamente privam e manipulam os seus fiéis em todo o país.
De acordo com o comunicado, a medida foi tomada com base ao Ministério Público que visa salvaguardar a ordem pública, a dignidade humana e o bem-estar das populações. Por isso, o Ministério da Cultura revogou o reconhecimento da IMUT, sendo por isso proibida de realizar todo tipo de actividade em nome da igreja em todo o território nacional, depois da confirmação de actos que violavam gravemente os direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo privação de liberdade, manipulação psicológica de fiéis particularmente mulheres e adolescentes, desestruturação familiar e instabilidade social nas comunidades onde a igreja esteja inserida.