Jornalistas de órgãos públicos com aumento salarial de 31 por cento a partir de Outubro

Os funcionários das empresas públicas de comunicação social sob tutela do Estado Angolano vão beneficiar de um aumento salarial de 31 por cento, a partir de Outubro próximo, após acordo entre o sindicato e o patronato, foi anunciado.
Por: redação PI
A informação foi transmitida pelo secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Pedro Miguel, referindo que o acordo alcançado com a entidade empregadora inscreve um aumento salarial de 31 por cento, contrário aos 58% por cento “exigidos” anteriormente.
“Nesse acordo está substanciado 31 por cento “de aumento salarial” para os trabalhadores de base, os técnicos, 13 por cento para os detentores de cargos de direcção e chefia e 5 por cento para os membros dos conselhos de administração das empresas”, afirmou o responsável em declarações à emissora católica.
Para o secretário-geral do SJA, o aumento salarial e a progressão da carreira constituem ganhos para a classe, acreditando que os profissionais venham ter uma avaliação positiva do seu desempenho laboral.
“Por isso que estamos a dizer que há ganhos sim e daí apelamos os colegas a cumprirem os seus deveres de modo que também sejam garantidos os seus direitos”, frisou ainda.
O Tribunal da Comarca de Luanda suspendeu, no início de Setembro, a greve geral convocada pelos trabalhadores dos órgãos públicos de comunicação social e tutelados pelo Estado, com início previsto para 8 de Setembro, alegando violação de direitos fundamentais dos cidadãos.
Em resposta à providência cautelar interposta pelas direcções das empresas públicas de comunicação social, que defendem a garantia dos serviços mínimos durante a greve convocada pelo SJA, o tribunal refere que a deliberação do SJA “viola” direitos dos cidadãos de se informarem e serem informados.
A paralisação, travada pelo tribunal, foi aprovada pelos trabalhadores da Rádio Nacional de Angola (RNA), Televisão Pública de Angola (TPA), Edições Novembro (detentora do Jornal de Angola, Jornal dos Desportos, Jornal Cultura e Jornal Economia e Finanças), Agência Angola Press, Media Nova (detentora do Jornal O País, Rádio Mais e Gráfica Dammer) e TV Zimbo, estas duas últimas já detidas pelo Estado no âmbito do processo de recuperação de activos, e visava exigir um aumento salarial de 58 por cento.