Loteadores dizem que proibição do serviço é ameaça a segurança pública

Os brigadistas, vulgo lotadores das distintas paragens de táxis, em Luanda e Icolo-e-Bengo consideram ameaça à segurança pública a medida da proibição deste serviço, recentemente anunciada pelo Porta-voz da Polícia Nacional (PN), Mateus Rodrigues, alegando segundo representar, também, uma ameaça à segurança pública e não ter qualquer respaldo legal.
Por: redação PI
Ouvidos pelo Primeiro Impacto nesta segunda-feira, 4, afirmam que a proibição imediata das actividades dos “lotadores” nas paragens de táxis, depois da greve dos taxistas e consequente vandalização de estabelecimentos comerciais “é incompetência do governo”.
“Nós lotadores ganhamos o pão para sustentar nossas famílias, pagar renda éramos delinquentes e por este trabalho de lotação deixamos a delinquência. Este serviço que prestamos, nós servimos ao país, é apoio a pátria” dizem.
Nas paragens dos Congolenses, município do Rangel, em Luanda e Sequele, no Icolo-e-Bengo, os lotadores de táxis apelam o governo a olhar para as causas que levaram o povo a se manifestar e saquear estabelecimentos comerciais
“Deveriam saber o porquê que aconteceu e se eles querem encerrar com a lotação, devem arranjar um trabalho para nós porque é muita família que ficará sem pão na mesa”, alertam.
A Polícia Nacional (PN) defendeu, na última semana, a proibição imediata da actividade dos brigadistas, vulgo “lotadores” nas paragens de táxis, por considerar que estes representam uma ameaça à segurança pública e não têm qualquer respaldo legal.
O comissário Mateus Rodrigues, porta-voz da PN, afirmou que esta função deveria ser da responsabilidade das administrações municipais e dos governos provinciais, não de indivíduos que actuam à margem da lei. “O simples acto de encher viaturas com passageiros não é crime.