Manifestantes negam mudar rota – Jurista apela autoridades policiais a adoptarem postura republicana

Angola será este sábado, 12 de julho, palco da manifestação cívica contra a subida do preço dos combustíveis e dos táxis, convocada pela Sociedade Civil Contestatária cuja concentração está prevista para as 11h:00 (hora de Angola), no Mercado do São Paulo, em Luanda.
Por: redação PI
Após encontro, quinta-feira, 10, com a Polícia Nacional, no comando Provincial de Luanda para abordar questões atinentes ao asseguramento da manifestação, a polícia terá determinado uma outra rota contrariando a ideia inicial dos manifestantes.
Numa conferência de imprensa, realizada esta sexta-feira, em Luanda, o porta-voz da manifestação, Adilson Manuel, avançou os pontos que ficaram patente no encontro com a Polícia.
“Fomos informados de que deveríamos alterar a rota da manifestação marcada para o dia 12 de Julho, transferindo a concentração para o “cemitério do Santa Ana” e a marcha até ao Largo das Heroínas, ao longo da Avenida Deolinda Rodrigues. Deixámos claro que essa orientação viola a lei”, disse.
O Primeiro Impacto ouviu o jurista Manuel Cangundo para o enquadramento que se impõe e, o advogado explicou que a manifestação é um direito constitucional.
“A Constituição da República de Angola garante o direito à manifestação e à liberdade de escolha do local, desde que seja comunicada previamente às autoridades, o que já foi feito. A função da polícia é garantir a segurança dos manifestantes, dos bens e da ordem pública”, disse.