MEA denúncia “coação” de estudantes e gestores escolares a participarem no acto politico de massa do MPLA
O líder do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira, reagiu com indignação às denúncias de ameaças contra estudantes que não participarem no acto de massas marcado para sábado, 13 de dezembro de 2025, na centralidade do Kilamba, em Luanda, no âmbito das celebrações dos 69 anos do MPLA, partido no poder.
Por: Albino Azer
Num live transmitido esta sexta-feira, 12 de dezembro, na sua página oficial do facebook, Francisco Teixeira, denunciou publicamente, a existência de supostas ameaças e pressões dirigidas a estudantes para garantirem presença no ato político do MPLA, alusivo ao seu 69.º aniversário.
Em declarações contundentes, Teixeira classificou a situação como uma “brincadeira de mau gosto” e garantiu que a organização que dirige não ficará de braços cruzados perante eventuais represálias académicas contra os alunos que optarem por não comparecer ao comício.
“Estaremos de plantão. O MEA ainda não morreu”, avisou.
O líder estudantil assegurou que o MEA irá monitorizar de perto a situação nas instituições de ensino já a partir de segunda-feira. “Nós, na segunda-feira, estaremos de plantão para ver qual é o diretor que vai punir os estudantes”, advertiu Francisco Teixeira, sinalizando que qualquer medida punitiva contra os alunos terá resposta do movimento.
Para além da denúncia de coação, Francisco Teixeira questionou as prioridades do partido no poder e a gestão de recursos públicos, traçando um contraste entre a logística mobilizada para eventos políticos e a precariedade das escolas públicas.
“Para o comício tem transporte público? Para o comício tem comida? Por que não põem giz, carteiras e quadros nas escolas? um partido que constrói Sede em pouco tempo não consegue dar merenda escolar”? questionou o dirigente, visivelmente crítico em relação à falta de material básico para o funcionamento das instituições de ensino no país.
