Moradores do Mayé-Mayé clamam por serviços bancários de proximidade
Os moradores do Projecto Habitacional Mayé-Mayé, localizado no município do Sequele, província do Icolo e Bengo, enfrentam sérias dificuldades diárias devido à inexistência de agências bancárias e Automated Teller Machine (ATM) no interior da urbanização e s]ao obrigados a deslocar-se até a sede do município.
Por: Albino Azer
A carência destes serviços, segundo apurou nesta sexta-feira o Primeiro Impacto, obriga a população a deslocar-se até à Centralidade do Sequele ou a áreas urbanas mais distantes, Viana ou Cacuaco, para realizar levantamentos e outras operações financeiras, gerando custos adicionais de transporte e riscos de segurança.
“É um constrangimento enorme. Para levantar dinheiro temos de apanhar taxi e há quem não tem dinheiro suficiente e há vezes que você chega ao ATM não tem dinheiro”, lamentou uma das moradoras.
Além da carência de serviços, a comunidade tem sido fustigada por problemas sociais, incluindo burlas imobiliárias perpetradas por falsos funcionários e ocupações irregulares de terrenos, ainda os assaltos de motorizadas.
O projecto, inicialmente desenhado para o realojamento de famílias provenientes de zonas de risco de Luanda, como o antigo mercado Roque Santeiro e a Boa vista, encontra-se em fase de expansão. Com uma previsão final de acolher cerca de 8.700 habitantes distribuídos por 3.000 residências, o crescimento populacional não tem sido acompanhado pela instalação de infra-estruturas sociais e serviços essenciais.
