“País precisa desenvolver Agro-indústria, indústria em geral, e turismo para que alcance desenvolvimento daqui a 10 anos”, diz economista

O economista Heitor Carvalho do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada de Angola (Cinvestec), que falava sobre o impacto do Agronegócio para o desenvolvimento do país esta terça-feira, 8 de Outubro de 2024 disse que apenas a agricultura não resolve o problema do desenvolvimento do país.


Por: Albino Azer

Heitor Carvalho explicou que o sector da agricultura precisa de ser subsidiado para que possa ter efeitos desejados.
Ao Primeiro Impacto, Heitor Carvalho disse ainda que Angola está muito longe de atingir a agricultura empresarial, daí que, para garantir alívio à população face à crise económica que assola o país, a solução passa por apoiar a agricultura familiar, visto que o desenvolvimento noutros sectores como a agricultura empresarial, indústria, turismo e outros pode demorar 10 anos.

Tendo em conta esse período (dez anos) o economista defende o apoio à agricultura familiar, como o impulso significativo para o alívio da pobreza. “Estamos muito longe de atingirmos a agricultura empresarial”.

Para Heitor Carvalho, é urgente que o Governo olhe para os problemas que afligem a agricultura familiar criando políticas assertivas com vista a colmatar a fome com que os angolanos se rebatem.

“Em Primeiro lugar temos de libertar a agricultura familiar dos problemas que ela tem neste momento porque é aquela que permite tirar milhões de pessoas de uma situação abaixo do limiar da pobreza e, de alguma maneira, reduzir os problemas da fome e de miséria extrema que temos no país”, afirmou.

A agricultura familiar, segundo o economista, é das actividades que os angolanos dominam e conhecem muito bem pelo que não exige muito dinheiro para a sua efectivação.
“Porque esse é o tipo de produção que nós conhecemos e sabemos fazer, a única coisa que precisamos para que ela se desenvolva é de resolver alguns problemas que não exigem muito dinheiro, desde que haja boas políticas. Se queremos melhorar a curto prazo a vida económica do país é imperioso que apoiemos a agricultura familiar porque é a única coisa que os angolanos sabem fazer de forma generalizada e com efeitos positivos imediatos”, disse.

Entretanto, Heitor Carvalho alertou que para que se alcance algum desenvolvimento daqui a 10 anos, é necessário começar, desde já, a desenvolver a agro-indústria, a indústria em geral, o turismo e tudo o resto.

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