PR segue com as condecorações por ocasião dos 50 anos, analista diz que Angola vai celebrar governação do partido Estado

O Presidente João Lourenço dará sequência ao processo de condecoração de personalidades cujas acções, ao longo da história, legaram um contributo indelével à Nação. Sobre a matéria o analista Primeiro Impacto diz ser inconcebível até agora a ausência dos nomes de Holder Roberto, Jonas Savimbi e até de Ico Carreiras que lutaram contra o regime colonial.


Por: Albino Azer

Em comunicado da presidência da República, pode ler-se que as condecorações enquadram-se nas celebrações do 50.º Aniversário da Independência Nacional, e em cumprimento do disposto na Lei n.º 2/25, de 18 de Março de 2025, que institui a Medalha Comemorativa alusiva à efeméride.

Para o analista político Pedro Kaiala trabalho de reconciliação nacional é crucial neste momento para que todos os angolanos se revêem nas festividades da Independência Nacional.

“Nós vamos celebrar 50 anos de governação do MPLA e não propriamente da independência nacional. Ainda estamos a nos digladiar por questões simples, com é o caso que aconteceu recentemente com um grupo de Deputados da oposição na província do Bengo”, apontou.

Para a segunda cerimónia, a ter lugar nos próximos dias, foram condecorados 697 cidadãos, sendo 252 na Classe Independência e 445 na Classe Paz e Desenvolvimento. Entretanto, na visão de Pedro Kaiala, o presidente João Lourenço tinha de promover mais diálogo com a sociedade civil que também teria alguma coisa a dizer na selecção dos condecorados.

“Nós temos um presidente que até agora rasga o espaço aéreo de um lugar para outro com vista a chegar a outros países e assinar vários acordos de cooperação, mas se esquece de tratar os assuntos internos de forma célere e abdica o diálogo com a sociedade civil”, lamentou.

Pedro Kaiala defendeu também a valorização dos antigos homens do gatilho que hoje em dia sobrevivem de esmola.
“O presidente da república poderia ter olhado para aqueles mendigos deficientes que passam o dia no Primeiro de Maio a pedir esmola para sobreviver e muitos deles perderam os seus membros no combate”, defendeu.

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