Presidente do PPA diz que não vai concorrer à sua sucessão no Congresso de dezembro
O presidente do Partido Pacífico Angolano (PPA), integrante da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) manifestou a vontade de não concorrer à presidência do partido, no Congresso Ordinário previsto para dezembro deste ano.
Por: redação PI
Fele António manifestou essa vontade de não recandidatura à presidência do partido durante a 1ª Reunião Ordinária do Comité Central do PPA realizada no sábado, 25 de outubro de 2025, um encontro que, de resto, foi marcado por diversas decisões políticas relevantes.

De acordo com a nota do Comité Central daquela força política, a decisão agora anunciada surge num contexto de reconfiguração interna dentro da CASA-CE, onde se observa um movimento de revisão de lideranças e estratégias políticas, tendo em vista as próximas eleições gerais.
“O congresso de dezembro será, assim, um momento crucial para o futuro do partido e da própria coligação, podendo sinalizar mudanças estratégicas no posicionamento opositor angolano”, Lê-se no documento.
A decisão foi recebida, segundo o comunicado, “com respeito, reconhecimento e profunda consideração pelo contributo patriótico e político” do dirigente.
O órgão máximo do partido aprovou os documentos reitores que orientarão o congresso e criou uma Comissão Organizadora, responsável por garantir “imparcialidade, transparência e conformidade estatutária” em todo o processo.
O evento será, de acordo com o Comité Central, o “momento máximo de expressão democrática e de renovação das estruturas dirigentes” do PPA.
No mesmo encontro, o Comité Central analisou o cenário social e político nacional, manifestando “profunda preocupação pelo estado deplorável em que o país se encontra”.
O partido responsabiliza as “políticas públicas mal concebidas” pela agravação da pobreza e pela perda de confiança nas instituições, denunciando ainda a corrupção endémica que, segundo o comunicado, “dilacera as instituições e bloqueia o desenvolvimento nacional”.
O PPA apelou ao Executivo Angolano para que adopte uma postura de diálogo inclusivo e concertação nacional, envolvendo “todas as sensibilidades políticas e sociais” como condição essencial para superar a atual estagnação.
“A estagnação nacional só será superada com diálogo, inclusão e compromisso com o bem comum.”
Vale lembrar que o Partido Pacífico Angolano (PPA), é uma das formações políticas que integra a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), plataforma criada em 2012 para unir partidos da oposição sob uma agenda de renovação política e ética.
