Tribunal prossegue audição ao general “Kopelipa”, enquanto foram dispensados outros arguidos no âmbito do processo n.º 38/2022

O tribunal continua, nesta terça-feira, a ouvir o general “Kopelipa”, enquanto foram dispensados os arguidos Leopoldino Fragoso do Nascimento, Fernando Gomes dos Santos, Yiu Haiming, as empresas Utter Right International Limited, Plansmart International Limited e CIF Angola, soube o Primeiro Impacto de fontes fidedígnas.
Por: Redação PI
Kopelipa que é arguido no processo n.º 38/2022, juntamente com o também general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, Fernando Gomes dos Santos, Yiu Haiming e as empresas China International Found (CIF), Plansmart International Limited e Utter Right International Limited, começou ontem a ser ouvido em interrogatório pela juíza conselheira relatora Anabela Valente. Entretanto o antigo homem de José Eduardo dos Santos, negou as acusações do Ministério Público, como a de que passou parte de projetos habitacionais pagos pelo Estado a interesses privados.
“Não me apropriei de nenhum edifício como diz a acusação, porque não dividi nenhum projeto”, respondeu.
Segundo afirmou, não houve nenhum contrato de empreitada entre o Gabinete de Reconstrução Nacional do Governo de Angola (GRN) e a CIF Angola.
De acordo com a acusação, o projeto de habitação social Zango Zero era público, mas em 2010 foi repartido em dois, passando para uma entidade privada, o que foi rejeitado pelo arguido.
O Estado, segundo o general “Kopelipa”, figura ligada ao ex-Presidente da República de Angola José Eduardo dos Santos (já falecido), foi responsável pela construção de apenas 22 edifícios naquele projeto de habitação social em Luanda, e os restantes eram de iniciativa da CIF Angola, os quais chegaram a ser visitados pelo ex-chefe de Estado.
Naquela altura, o antigo Presidente angolano visitou o projeto em desenvolvimento pela CIF Angola, havendo já seis edifícios em fase de acabamento, oito em estado avançado de construção e dez na fase inicial de obras.