UNITA nega participar no 50.º aniversário da independência Nacional

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) anunciou nesta quinta-feira, 3 de Abril, que não vai participar nas comemorações do 50 anos da independência de Angola, enquanto Holden Roberto e Jonas Savimbi não forem reconhecidos como pais da independência e heróis nacionais.


Por: Albino Azer

Para o maior partido na oposição angolana (UNITA), Holden Roberto, líder fundador da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), e Jonas Savimbi, fundador da UNITA, devem ser reconhecidos pelo Governo como pais da independência e heróis nacionais, ao lado de Agostinho Neto, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde 1975.

Numa declaração alusiva ao 23.º aniversário da Dia da Paz e Reconciliação Nacional, que hoje, 4 de Abril se assinala no país, a UNITA liderada pelo Adalberto Costa Júnior (ACJ), considera ser uma injustiça e estar-se “a torpedear a história de Angola com o contínuo não reconhecimento da contribuição patriótica de Holden Roberto e Jonas Savimbi ao lado de Agostinho Neto os três signatários do Acordo de Alvor com o Governo colonial português em 15 de janeiro de 1975, que concorreu para a independência de Angola, lê-se no comunicado que o Primeiro Impacto teve acesso.

O presidente da República, João Lourenço deu início esta sexta-feira, 4, da outorga das medalhas de honras a pelo menos 247 personalidades que constam desta primeira lista de homenageados.

Sobre os festejos dos 50 anos de independência a serem assinalados em 11 de Novembro de 2025, a UNITA rejeita “categoricamente”, segundo o documento lido pelo Porta-voz do Galo Negro, Marcial Ndachala, participar de galas festivas “enquanto compatriotas morrem de fome e de doenças evitáveis, como a cólera, e milhares de crianças continuarem a disputar migalhas nos contentores de lixo”, disse.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *