VAZAMENTO DA ESTRATÉGIA DO SUPOSTO BRIGADEIRO
Tal como acontece na arte militar, quando se parte para o ataque e a estratégia na última da hora é descoberta pelo inimigo através dos seus serviços de inteligência, obrigatoriamente recomenda-se alterar o modelo inicialmente previsto como forma de se evitar não só a derrota no teatro militar assim como poupar a vida dos soldados. É assim que um comandante visionário tem que agir.
Por: Filipe Mendonça
Em política a realidade não foge a regra até porque são muitos os políticos no mundo que aproveitando-se da atual conjuntura económica usam discursos populistas, incitam a desordem para desacreditar os governos democraticamente eleitos e posteriormente operar o seu derrube. Para o caso concreto de Angola 🇦🇴, nos deparamos com um fenómeno igual consubstanciado na crise global e da transição governativa com a saída em 2017 do Eng.º José Eduardo dos Santos e entrada do reformista General João Gonçalves Lourenço com a sua política de luta contra corrupção e recuperação de activos, um combate que até este momento afectou seriamente o próprio MPLA tendo proporcionado um ambiente favorável para oposição. ESSES MARIMBONDOS FIZERAM ALIANÇAS COM A ACTUAL LIDERANÇA DA UNITA PARA JUNTOS TRAVAREM O JLO, O SEU COMBATE CONTRA A CORRUPÇÃO E FORÇA-LO A ABANDONAR O PODER. Muitos dirigentes da UNITA naquela altura surpreenderam-se com o que era traição aos princípios do Partido os acordos e a influência de gente do MPLA no seio da UNITA para a eleição a Presidente da UNITA o Adalberto Costa Júnior em 2019. Mas o objectivo principal dos acordos é o Adalberto dar a entender que governa, caso ganhasse mas eles, os Marimbondos controlariam tudo e até a Menina dos Ovos seria uma super Ministra controlando o sector do Planeamento, Comércio e Economia/Finanças. Tudo isso em troca dos dinheiros que são gastos nas luxuosas viagens do ACJ, algumas actividades do Partido, do financiamento de actividades inconfessas, melhor dizendo manifestações em nome da sociedade civil. recuperariam todo seu poder económico roubado ao povo. No fundo ACJ faria o papel de governante corta fitas.
O plano da descaracterização da UNITA reveste-se de um objectivo estratégico, aquele expresso nas palavras do General Higino Carneiro através da LAC, acabar com a UNITA.
O aproveitamento político da situação é politicamente admirável e é legal. Mas quando em troca vem o desaparecimento da nossa UNITA e o regresso dos Marimbondos ao poder, isso é TRAIÇÃO! Não venham com justificações segundo as quais quando o interesse do adversário coincide com o nosso bla bla bla…devemos aceitar mas comendo com a colher de cabo comprido. Cada militante pergunte quantos dirigentes da UNITA já se renderam ao MPLA em troca de dinheiro deixando os pobres a sua sorte? Outros não vestiram o chapéu do tio Jorge Valentim porque querem manter-se entricheirados na UNITA comendo com a tal colher e prestar contas ao patrão MPLA.
O arauto do chamamento de Muangay, na luta pela assunção dos nossos nobres objectivos nos aconselha andar rápido quão possível e tão devagar quando aconselha a prudência. Apelamos o sentido de Estado e respeito as instituições por nós legitimadas até porque somos parte delas. A alternância governativa através de eleições, com responsabilidade, grandeza moral, sem qualquer mancha de ressentimento ou vinganças nas atuais circunstâncias depende da vontade patriotica dos militantes da UNITA. O MPLA na cadência do seu tempo já perdeu todo tempo. O MPLA no compasso do seu tempo não há mais tempo e nada mais lhe resta senão ganhar o tempo que perdeu a partir da oposição. Basta maior organização e mobilização, suportadas por quadros qualificados e conhecedores da linha política e ideológica do Partido, uma liderança patriotica, que não desvia a UNITA da sua matriz em detrimento dos interesses das irmãs dos Santos, uma liderança que na abordagem dos vários problemas sociais não se limita apenas a críticas mas sim em identificar e indicar as saídas da crise (críticas sugestivas), uma liderança congregadora, que aceita lidar com opiniões contrárias na gestão do debate interno, uma liderança que consiga chamar para si o desafio de assumir o PASSIVO DA HISTÓRIA DA UNITA E SABER SE RECONCILIAR COM ELE. Com este modelo de convivência política, não tardará o objectivo que nos anima e nos guia desde 1966 estará seguramente alcançado.
ESTAMOS JUNTOS E MUITO OBRIGADO.