“Desde o início da governação de João Lourenço, assiste-se uma mudança no paradigma e no aprofundamento da democracia”, diz Investigadora da Universidade de Lisboa

A investigadora angolana Suraia da Conceição Mungungue defendeu esta sexta-feira, que o aumento do número de manifestações em Angola mostra um aprofundamento da democracia, reconhecendo que há falhas do lado das autoridades e dos manifestantes.


“As questões sobre a liberdade de expressão e democracia devem ser vistas em várias perspetivas, e uma delas é encarar estas manifestações como um aprofundamento da própria democracia, porque só há manifestações em ambientes democráticos, em que as pessoas são livres para se manifestar”, disse Suraia Mungungue à Lusa, à margem da sua intervenção no III Congresso da Angolanística, em Lisboa.

A investigadora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCPS) e da Universidade de Lisboa falou sobre “Democracia, Liberdade de Expressão e Manifestação em Angola, o que há de novo?”, e vincou que desde o início da governação do Presidente, João Lourenço, assiste-se a uma mudança no paradigma, que dá prioridade ao diálogo institucional.

“Há um novo paradigma da governação, não de alternância política, porque o partido é o mesmo, mas houve uma mudança da liderança política, há uma primazia do diálogo institucional” desde 2017, defendeu, acrescentando que “desde então houve uma maior participação dos cidadãos nas questões políticas e sociais, que é refletido nas manifestações”.

Isto, salientou, “é diferente do que acontecia no passado, em que muitos tinham medo de manifestar-se e até de expressar a sua opinião”.

“Hoje há muitos canais em que os cidadãos expressam a sua opinião e toda a gente tem acesso a redes sociais, nas quais publica comentários, ideias e critica a governação”, acrescentou.

Para a investigadora, as notícias que mostram situações de violência durante as manifestações em Angola são naturais, já que os excessos são realmente cometidos.

“Há excessos dos dois lados, sobretudo dos efetivos dos órgãos de segurança pública, isso tem acontecido”, reconheceu a investigadora do ISCPS, criticando também os manifestantes que optam por atitudes violentas em vez de demonstrações pacíficas.

“Independentemente da sua instrução e educação social, os cidadãos angolanos têm maturidade política, é um facto, hoje em qualquer ambiente, há sempre alguém a falar de política, bem ou mal estruturado, até criticam o governo, a pessoa pode não saber ler nem escrever, mas fala de política, que o Presidente devia fazer isto ou aquilo”, apontou.

Uma pressão sobre o Governo que obriga o executivo a governar tendo em conta a opinião dos cidadãos, concluiu Suraia da Conceição Mungungue.

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