Álvaro Sobrinho de roubou “garantia soberana” da Jeosat Lda atribuída pelo ex-presidente

De acordo com a informação avançada pelo portal Manchete, o PCA da Jeosat Lda, Carlos Rodrigues acusou, recentemente o banqueiro luso angolano Álvaro Madaleno Sobrinho de ter facilitado o roubo da garantia soberana que o ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos havia atribuído à sua empresa, para o processo de requalificação do Cazenga e da construção de um bairro para os antigos combatentes.


Por: Redação

Segundo a publicação do documentos citado pelo jornal Manchete e as mais recentes declarações, em conferência de imprensa, Carlos Rodrigues, o PCA da Jeosat Lda, reiterou que o principal responsável do desvio da Garantia Soberana, avaliada em 5 biliões de dólares que serviriam para a requalificação do Município do Cazenga e a construção de um bairro para os antigos Combatentes e veteranos da pátria, foi Álvaro Madaleno Sobrinho.

Álvaro Madaleno Sobrinho

Segundo Carlos Rodrigues, “um grupo de individualidades, todos pertencentes ao Governo de Angola e possibilitados pelo Dr. Álvaro Sobrinho, na altura Presidente do Banco (BESA), apoderaram-se de forma brutal e irresponsável para com um documento de tamanha sensibilidade e usurparam literalmente o dinheiro da empresa. Portanto, as consequências que obtivemos disso, na altura a empresa (Jeosat) estava a realizar a Vila dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, que sempre foram parceiros da empresa, tal projecto parou literalmente devido a usurpação dos referidos valores. Hoje, quando chove, o Cazenga parece um oceano, famílias desalojadas e ocorrem várias mortes, tudo consequência deste furto feito por estas individualidades devidamente identificadas. Os documentos que temos em posse confirma a usurpação feita por 3 vezes, extorquiram valores correspondentes a 3 biliões e 150 milhões de dólares norte americanos. Portanto, faz vários anos que a empresa, cumprindo com o seu dever social, a empresa fez questão de comunicar o ocorrido às instituições de direito, comunicamos ao Banco Nacional de Angola (BNA), a Assembleia Nacional, a Provedoria de Justiça, ao FMI, ao Banco Mundial, ao Governo Português, entre outras entidades, nacionais e estrangeiras”.

Por essa altura, “solicitamos ao Comité Central do Bureau Político do MPLA, que tomem uma posição sobre este atentado à Soberania porque a empresa não pode reagir por cima das instituições de direito. Estamos a tornar este assunto público por incapacidade e inacção da empresa. Solicitamos que todas as pessoas envolvidas nesse roubo devem ser chamados à justiça, devem ser sacudidos para que devolvam o capital a quem de direito”.

Segundo apurou o Manchete junto de fontes das instituições de justiça, Álvaro Madaleno Sobrinho tem boas relações de proximidade com altas figuras da Cidade Alta e dos tribunais, o que tem dificultado o andamento do processo, tanto é que aventa-se a hipótese de um dos Procuradores-Geral da República, ter sido aliciado com 30 milhões de dólares para silenciar e arquivar o processo.

Por outro lado, fontes do partido da situação, garantiram ao Manchete que reunidos recentemente para rever esse processo, “o núcleo duro”, decidiu utilizar uma das empresas ligada ao MPLA deverá proceder a devolução dessa garantia desviada e o partido convidará, individualmente, cada envolvido no caso, a restituir o valor, de acordo com o percentual que recebeu do saque efectuado.

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