“O momento não é de lamentações, muito menos de apontar o dedo a quem quer seja”. João Lourenço

O Presidente da República, João Lourenço, exortou esta quinta-feira, no Lubango, província da Huíla, os angolanos a arregaçarem as “mangas” e trabalhar mais, sobretudo no campo, com vista a alcançar a auto-suficiência alimentar e diversificar as exportações. 


João Lourenço, que discursava na abertura da 4ª edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola e 9ª do Fórum Nacional dos Municípios e Cidades de Angola, fez referência à crise alimentar mundial que continua na ordem do dia da agenda global. 

Sublinhou o facto de o conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia agravar a crise alimentar mundial, por envolver dois dos principais produtores e fornecedores de cereais para o mundo. 

Segundo o Chefe de Estado, Angola não é uma excepção diante a crise alimentar mundial e o momento não é de lamentações, muito menos de apontar o dedo a quem quer seja.  

Referiu que, face ao conflito Rússia-Ucrânia, o preço dos alimentos de maior consumo, como cereais e não só, vem subindo em todo mundo, com tendência a piorar.  

Nesta perspectiva, o Presidente da República frisou que Angola precisa tirar maior proveito possível da abundância e qualidade dos seus solos aráveis, do bom clima, dos imensuráveis recursos hídricos de que o país dispõe e dos recursos humanos jovens para transformar essa riqueza potencial em riqueza real.  

“A crise  é global e afecta a todos”, exprimiu o Titular do Poder Executivo, afirmando ser este o momento de o Estado reaver as terras que se encontram há décadas na posse dos cidadãos que não as exploram e distribuí-las a quem esteja disposto a trabalhar nelas. 

Na sua visão, esses terrenos abandonados devem ser atribuídos aos jovens que se encontram ansiosos nas grandes cidades e queiram experimentar outra realidade, que vai dar mais dignidade as suas vidas.   

Após o corte simbólico da fita da inauguração do certame, o Presidente acompanhado da Primeira Dama, Ana Dias Lourenço, e de membros do Executivo percorreu os pavilhões onde estão expostos diversos produtos nacionais. Virada para o desenvolvimento sócio-económico do país e para a diversificação da economia, a Feira dos Municípios reúne exposições das 164 administrações municipais, dos 18 governos provinciais, de ministérios e de institutos públicos.

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