Administradores apresentam dificuldades ao MAT

A falta de estruturas administrativas e o estado precário de algumas vias de acesso foram as preocupações manifestadas no sábado, no Lubango, província da Huíla, por administradores municipais ao ministro da Administração do Território, Dionísio da Fonseca, no quadro da Feira dos Municípios e Cidades de Angola (FMCA).


Tratou-se de audiências cedidas aos administradores municipais de Mavinga, Nancova, Dirico (Cuando Cubango), Quilenda, Porto Amboim, Amboim e Libolo (Cuanza Sul), Kiwaba Nzoji, Quela, Mucari e Marimba (Malanje), Luchazes, Alto Zambeze, Luau e Luacano (Moxico), Lucapa e Xá Muteba (Lunda Norte) e Puri, Alto Cauale, Songo e Mucaba (Uíge).

Após saída das audiências, os administradores mostraram-se satisfeitos com a oportunidade de apresentarem, na primeira pessoa, as inquietações das suas localidades.

Em declarações à ANGOP, o administrador municipal do Songo, Maurício Pascoal, disse depararem-se com a degradação das vias de acesso à vila do município, bem como no interior, pelo que precisam de terraplanagem de 300 quilómetros.

A administradora do Alto Cauale, Teresa Pinto, avançou que a falta de energia, água e o estado das vias de acesso que ainda precárias, são as principais dificuldades do município, por isso apresentou ao ministro a necessidade de ligar, por asfalto, o município a comuna do Bengo, num percurso de 42 km, assim como com a província de Malanje, numa distância de 25 km.

Já o administrador de Luchazes, Quintas Sempieca, salientou estar preocupado, para além das vias, com um projecto de construção de infra-estruturas administrativas, âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, uma obra de âmbito central consignada em 2020, mas que ainda não arrancou.

Administrador do Alto Zambeze, Ismael Keshipoco, referiu que o município tem dificuldades das vias de acesso às comunas, na sua maioria precárias, sendo que a comuna mais próxima dista a 74 quilómetros da sede e as restantes há mais de cem quilómetros.

Avançou que há uma certa falta operacionalidade da administração local, pois deparam-se em quatro de seis administrações comunais sem infra-estruturas administrativas.

A administradora, Filomena Miza, do Luau, frisou que 75 por cento da população é jovem e destes mais de 50 por cento não tem emprego, pese embora, no âmbito do combate à pobreza têm promovido capacitações em diversas áreas e distribuir kits para o auto-emprego, mas não é suficiente, pois não têm robustez empresarial para o efeito.

Por conseguinte, Suzana Prata administradora do Puri, deparam-se com incumprimentos da conclusão de duas escolas do PIIM por parte dos empreteiros há um ano e seis meses.

Em resposta, o director nacional da Administração Local do Estado, Cassongo João da Cruz, ressaltou tratar-se de municípios de províncias que fazem fronteira um com o outro e com países vizinhos, pelo que avaliou-se a avaliação do impacto socioeconómico dos mesmos.

Declarou que um dos elementos focal foi o PIIM, que mostra resultados positivos, mas têm obras paradas, carecendo de maior acompanhamento e posteriormente o ministro vai visitar as localidades para orientar o trabalho como deve ser.

Explicou que as administrações mostraram com agrado a audiência manifestada na FMCA para expor  as dificuldades que têm sobre tudo nas suas obras sociais e não só e como o de comprimento de algumas tarefas administrativas

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