Mario Bermúdez chega à Luanda manhã, para uma visita de Estado e reunir com João Lourenço

O Presidente cubano, Mario Dia-Canel Bermúdez, chega amanhã (Domingo) à Luanda para iniciar uma visita de Estado durante dois dias na Capital do País, onde manterá contactos com o seu homólogo João Manuel Gonçalves Lourenço, e proferirá um discurso na Assembleia Nacional diante dos deputados.


Por: António Cassoma

De acordo uma nota de imprensa da Secretaria Presidencial a que o Primeiro Impacto teve acesso, o Chefe de Estado cubano, vai deslocar-se até ao Palácio Presidencial para manter um encontro a só com seu homologo João Lourenço, e na mesma ocasião em que as delegações ministeriais dos dois países manterão conversações.

Na Cidade Alta, vai haver assinatura de acordos, cerimonia que os dois Chefes de Estados testemunharão.

Um outro momento alto da visita do Presidente da Cuba Mario Dia-Canel Bermúdez a Angola, será a sua presença a Assembleia Nacional, para discursar perante os deputados angolanos.

De realçar. É, pois, quase impossível falar da história da afirmação de Angola como Estado livre e soberano, sem fazer menção ao contributo do povo e Governo do maior arquipélago do mar do Caribe ou Caraíbas.
 
As relações entre os dois Estados remontam à época da guerra fria (terminada em 1991), ou seja, logo depois da proclamação da independência nacional, em 1975.
 
Foi em pleno conflito pós-independência, com a então República Popular de Angola a lutar contra invasão de forças estrangeiras, que Cuba deu os primeiros sinais de aproximação e solidariedade.
 
Para a defesa e manutenção da sua soberania, Angola encontrou aconchego e ajuda no hemisfério norte, concretamente em Cuba, abrindo portas a uma cooperação que viria a ser profícua e duradoura.
 
A parceria entre os dois países iniciou-se com a colaboração técnico-militar, tendo em conta a situação de instabilidade na época, mas começou a mudar de figurino a partir de Fevereiro de 1976, com a assinatura do primeiro Acordo Geral de Cooperação.
 
Esse importante instrumento jurídico viria desembocar, mais tarde, na instituição de uma Comissão Bilateral entre Angola e Cuba.
 
Pelas circunstâncias políticas de então, o Acordo Geral de Cooperação continuou a privilegiar as acções de auxílio técnico-militar, até 1991, um ano antes da implantação do multipartidarismo em Angola.
 
No relacionamento entre os dois países, essa componente (militar) serviu de “rampa” de lançamento para uma parceria mais alargada, agora a outras áreas sociais, como a Educação e Saúde.
 
De forma tímida, mas significativa, o modelo de cooperação passou por reconfiguração e reforço, à medida que se aliviava a tensão militar no país, com dezenas de professores  cubanos a desempenharem papel preponderante na formação de quadros angolanos

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