Falta de dinheiro condiciona regresso de pescadores angolanos do Gabão

Os nove pescadores angolanos soltos a 23 de Agosto último pela justiça gabonesa, depois de terem cumprido um período de prisão preventiva de cerca de 12 meses, continuam a aguardar pelo regresso ao país de origem, devido a falta de dinheiro para custear as despesas de viagem.


Os cidadãos soltos faziam parte de um grupo de 15 presos angolanos em Libreville (Gabão), por violarem as águas territoriais e praticarem pesca ilegal no mar deste país.

Em declarações à ANGOP, a propósito desse assunto, o presidente da Associação dos Pescadores de Cabinda (APC), Lucas Loto, considerou ser uma situação preocupante que exige colaboração e apoio financeiro das famílias e das autoridades do país.

Porém, a fonte assegurou que os respectivos cidadãos soltos no dia 23 de Agosto deste ano gozam de perfeita saúde, estando sob protecção da embaixada angolana no Gabão, que tem providenciado a alimentação, materiais de higiene e assegurar as questões de saúde.

Segundo apurou a ANGOP, o bilhete de passagem aérea de Libreville para a cidade de Ponta-Negra custa entre 190 mil e 200 mil kwanzas, um valor equivalente à moeda gabonesa.

Para além da situação financeira dos cidadãos soltos, Lucas Loto apontou a retenção de outros cinco pescadores, depois da morte do sexto, que se encontram na cadeia depois de terem cumprido a pena de dois anos naquele país.

Desde de 2021, pelo menos 40 pescadores angolanos que violaram as águas territoriais do Gabão e Congo foram acusados de prática de pesca ilegal, tendo sido libertos alguns depois de cumprirem penas de prisão e outros pagarem multa.

A Associação de Pescadores de Cabinda (APC) regista apenas mais de três mil pescadores legalizados na capitania, num universo de 19 mil que exercem actividade piscatória no município sede desta província e cerca de 800 embarcações artesanais.

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