Furtado considera “terrorismo” vandalização de torres de energia

O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, considerou, este sábado, em Luanda, como acto de “terrorismo” a vandalização de torres de alta tensão de 400 quilovolt (kV) da linha de transporte Cambambe (Cuanza Norte)-a subestação de Viana (Luanda).


Por: Primeiro Impacto

Na passada terça-feira, registou-se a queda uma torre de alta tensão de 400 quilovolt (kV) na linha Cambambe (Cuanza Norte) – Viana (Luanda) como resultado da vandalização que a infra-estrutura foi sofrendo nas últimas semanas, através da subtracção das cantoneiras (os seus alicerces).

À semelhança da linha de transporte Cambambe-Viana, a zona do quilómetro (Km) 36 é caracterizada por constantes acções de vandalismo aos activos da Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), prejudicando o bem-estar das populações e do Estado.

Francisco Furtado, que falava à imprensa no quadro das comemorações do 48º aniversário da Independência Nacional, considera que se trata de “acções dirigidas de sabotagem que têm de se enquadrar no âmbito do terrorismo”.

O ministro frisou que as Forças de Segurança e Defesa Nacional “vão promover um combate cerrado para neutralizar os grupos que estão a criar situações para a instabilidade, a fim de inviabilizar o desenvolvimento do país”.

De acordo com o ministro, existem indícios que estão a ser acompanhados e deverão ser apresentados oportunamente.

Situações idênticas verificaram-se, também, com alguma frequência, no município petrolífero do Soyo (Zaire) e na cidade de Benguela.

Em entrevista, na quarta-feira, à TPA, o ministro da Energiae Águas, João Baptista Borges, afirmou que os estragos têm sido frequentes na Rede de Transporte de Electricidade das barragens para os Centros de Distribuição.

“Começámos a correr sérios riscos de termos cidades às escuras. É uma situação preocupante e está a atingir já o nível de extrema gravidade. Há dias, assistimos ao derrube de mais uma torre de Alta Tensão, que é parte do Sistema de Transporte principal, da Rede Nacional de Electricidade”, contou.

O ministro acredita que a destruição das torres são intencionais e apelou para a colaboração dos populares na denunciados actos dos infractores.

A situação, reconheceu, é preocupante, cria dificuldade para a reposição dos novos postes e pode deixar as cidades às escuras.

A RNT tem implantado, no país, mais de 5.500quilómetros de linhas de electricidade.

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