Activista e investigador considera actual situação do PRS como “deplorável”

A actual situação do PRS em Angola é realmente preocupante. Após a saída do presidente Dr. Eduardo Kwangana, a falta de realização do congresso e a possibilidade de um candidato único para o futuro congresso, é evidente que a agremiação está enfrentando desafios significativos.

Por: Nelson Mucazo Euclides

O PRS, com sua proposta de federalismo, poderia ser uma solução ideal para Angola, um país diversificado e complexo. Porém, a falta de liderança efetiva tem comprometido seriamente a capacidade do partido de cumprir com suas promessas e representar adequadamente seus eleitores.

A continuidade do presidente fora do mandato é uma clara violação dos princípios democráticos essenciais. A democracia é baseada na alternância de poder e na vontade popular expressa através de eleições regulares e transparentes. A conduta do presidente actual mina esses princípios fundamentais e enfraquece a credibilidade do PRS como uma força política progressista.

A não realização do congresso é uma negação dos direitos dos membros do partido, pois impede que eles exerçam sua influência e participem activamente na tomada de decisões. Isso resulta em um partido estagnado, com pouca ou nenhuma renovação de ideias e estratégias.

A possibilidade de um candidato único para o futuro congresso é ainda mais preocupante, pois enfraquece a dinâmica democrática dentro do partido. A ausência de competição interna limita a diversidade de ideias, opiniões e perspectivas, tornando o PRS suscetível a um pensamento único e a uma liderança centralizada.

O actual presidente do PRS demonstra ser pior do que Jlo. Suas acções contradizem os princípios democráticos e impedem o avanço do partido como uma verdadeira alternativa política para Angola.

Diante desses desafios, é crucial que os membros do PRS e a sociedade civil de Angola reúnam esforços para pressionar por mudanças. A participação activa dos membros do partido é essencial para garantir a realização do congresso e abrir espaço para a renovação e evolução do PRS.

É imprescindível que os valores democráticos sejam preservados e que a liderança do PRS seja legitimada através de eleições justas e transparentes. Somente dessa forma o partido poderá se reafirmar como uma verdadeira opção política para Angola e contribuir para o desenvolvimento e progresso do país.