GENERAL LUKAMBA GATO MENTIU A HISTÓRIA SOBRE A JAMBA
A história é o conjunto de acontecimentos dos homens num determinado espaço de tempo. São factos protagonizados pelos homens no momento dado, no lugar certo e por homens determinados ou conhecidos, vivos ou mortos.
Por: Eugênia Maria Nassoma
Falar da Jamba é descrever o surgimento daquela que foi a capital da resistência da UNITA, logo tem protagonistas e alguns deles ainda vivos, felizmente. O que o General Gato escreveu colapsa quando recorremos as personalidades que chegaram com o MV Jonas nas terras do fim do mundo que não constava o General Gato. Ou ele, no ano de 1979 não fazia parte da coluna Presidencial como fez crer (primeira mentira).
O Dr Savimbi preocupado com o desenvolvimento da luta contra o expansionismo russo-cubano no nosso país não tinha tempo para dedicar-se a caça. Mandou sim caçar para alimentar o pessoal que se instalou no sudeste de Angola, no bico de Angola pois faltou comida para tropa e para população.
Jamba foi antes uma mata habitada por elefantes (olo Njamba plural em umbundu), distante das fronteiras com os outros dois países e bem longe do inimigo foi a preferida para se constituir em base revolucionaria.
Nessa altura, o Velho andava com o saudoso General Fernando Begin de quem o velho admirava a pontaria com a sua arma FN.
Os primeiros a erguerem bivaques ou bases temporárias naquelas matas foram os elementos dos Serviços de Segurança e não as estruturas do Partido. Alguns dos manos dos Serviços de Segurança aqui referenciados estão vivos (segunda mentira).
A História da UNITA não pode ser desvirtuada para justificar outras intenções e más.
As incursões para a Jamba não foram feitas a partir do Katapi. Foram sim feitas a partir do Delta, (Kaprivi) (terceira mentira).
Nesta altura o General Gato não estava junto do Velho Jonas… Não fazia parte do círculo de decisões da UNITA.
Os que contam com propriedade a história da fundação da Jamba, a Nossa Jamba, são os mais velhos General Lyuma ainda vivo, o José Freire (mestiço), o Major Njeke do grupo étnico vasekele (de paradeiro incerto ou pintou a bandeira não se sabe), os primos do General Kanjimi que circulavam naquelas matas de cavalo cujos nomes nos escapam. Esses sim têm a última palavra quanto a história do antigo bastião da Resistência do Movimento Galo Negro.
Para terminar, gostaria de aconselhar os mais velhos que se têm evidenciado muito na comunicação social contar histórias sobre a UNITA, as ex FALA para não mentirem muito porque nós, os protagonistas de muitas façanhas em que só soubestes apenas dar ordens, continuamos vivos.
OS FACTOS SÃO TEIMOSOS, QUANDO SE CONSTITUEM EM CONTRIBUTO PARA A HISTÓRIA DA HUMANIDADE, ELES SÃO INAPAGÁVEIS.