Cidadãos em Luanda esperam redução de preços e implementação das autarquias em 2024
Entre as metas e espectativas dos cidadãos na capital do país, para o novo ano que agora começa, destaque para a redução de preços dos produtos da cesta básica alimentar, bem como a implementação das autarquias no país.
Redação
As mulheres, entrevistadas nas ruas de Luanda, olham para o preço “ainda alto” dos bens alimentares como o principal problema das suas vidas, pois no ano de 2023, foi “muito difícil” fazer compras para as suas respectivas famílias.
“Gostaríamos que os preços tivessem mais baixo, da cesta básica principalmente”, disse uma cidadã que não deixou escapar o preço das propinas nos colégios.
“Ano passado estava tudo mal. Muito caro e gostaria que baixasse tudo mesmo, a saúde, a educação, a cesta básica, que está muito difícil para toda a gente, é tudo que eu gostaria que mudasse esse ano”, disse outra cidadã.
Um dos entrevistados, Jorge Domingos, de 42 anos, na zona do São Paulo, no Distrito Urbano do Sambizanga, faz uma analogia, comparando a economia angolana com uma viatura que não têm combustível para mover-se, sublinhando que muitas famílias não conseguem ter o mínimo de refeições diárias.
Outro desejo dos angolanos é a implementação das autarquias locais.
Para eles, as políticas governamentais em 2023 foram “um fracasso”, por isso as autarquias locais são a solução para a saídas dos vários problemas que os cidadãos enfrentam, como as debilidades nos serviços de saúde, saneamento básico entre outros.
“Seria muito importante. Pelo menos vai haver uma divisão política”, disse Jorge Domingos.
Já o cidadão Pedro Mayomona entende que com as autarquias cada povo, dentro de uma circunscrição geográfica vai ser responsável pela resolução dos seus próprios problemas, sem esperar de decisões do governo central.
“Estamos a ver que o lixo que está ali, [para a sua recolha] tem que se fazer um requerimento”, ironizou.