“O DIA EM QUE OS PATRIOTAS DO MPLA E DA UNITA SENTAREM-SE A MESMA MESA, ESTARÁ A COMEÇAR A CONSTRUÇÃO DA ANGOLA DO FUTURO”, DR. SAVIMBI

Depois do 25 de Abril de 1974, que marcou o fim do círculo (?) da ditadura para a democracia em Portugal, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, depois de uma análise política perspicaz do contexto, aproximou-se das autoridades coloniais portuguesas com o fito de se por fim a guerra e partir para a mesa das negociações com vista a dar lugar a libertação de Angola. A localidade de Cangumbe na província do Moxico acolheu o primeiro contacto entre Jonas Savimbi e o Almirante Rosa Coutinho, governador na altura da então província ultramarina de Portugal, Angola. Dessa diplomacia resultou o encontro dos três (Jonas Malheiro Savimbi, António Agostinho Neto e Álvaro Holden Roberto) abrindo caminho para entendimentos com o poder colonial, a assinatura dos acordos de Alvor e a criação do governo de transição.


Por: Filipe Mendonça

Agostinho Neto, movido pela ambição do poder, aconselhado pelo partido comunista português, o partido comunista da URSS, violou os acordos com o suporte do representante do governo português em Angola cuja prova ainda disponivel nas redes sociais assinada pelo concunhado de Neto, o Almirante Rosa Coutinho que viabilizou a entrada em Angola do exército convencional Cubano.

O Dr. Savimbi, atraído por amor a sua pátria, tudo fez para salvar os acordos de Alvor buscando mediação de lideres africanos especialmente o Pan-Africanista Jomos Kenyatta que conduziu a reunião e a assinatura dos acordos de Nankuru.

Dr. António Agostinho Neto mesmo assim prosseguiu com o seu plano de inviabilizar as eleições marcadas para Outubro de 1975, proclamar a independência unilateralmente, o que passou por escorraçar primeiro a FNLA das cidades e mais tarde a UNITA.

O Dr. Savimbi apela a Resistência Popular Generalizada contra evasão Russo-Cubana, sem no entanto fechar as portas para as negociações entre as partes, o que veio mais tarde influenciar o Dr. Agostinho Neto sobre a necessidade de “resolver os problemas do povo”, em detrimento dos interesses dos noe-colonialistas, o que segundo a história viria dar lugar a um encontro negocial entre os dois em 1979, justamente no dia em que o Dr. Agostinho Neto veio falecer.

O Dr. Savimbi assim notabiliza-se como negociador implacável, o que lhe valeu o título de Mwata da Paz. Em todas as circunstâncias da luta, enquanto patriota de dimensão incomensurável, nunca poupou esforços no sentido de se estabelecer pontes que concorressem para o reencontro da grande família angolana.

O seu sentimento patriótico incomodava José Eduardo dos Santos, ao ponto deste nas negociações de Bagdolite em 1989, ter mesmo apresentado na mesa dos mediadores a ideia de se negociar com certos elementos da UNITA e não com o Dr. Savimbi.

Olhando para a situação que se vive hoje no Partido, conseguimos identificar quais são estes elementos que JES queria negociar com eles, chegando ao ponto de propor ao Dr. Savimbi um exílio dourado. São esses que hoje detêm a liderança da UNITA, que sempre desfrutaram dos dinheiros da corrupção e se tornaram milionários. Os verdadeiros traidores do Pensamento Político do Dr. Savimbi.

Dialogar com o adversário não é sinônimo de rendição ou resignação. É um direito que nos assiste enquanto oposição com vista a contribuirmos para a solução dos problemas que a sociedade vive. É um princípio estabelecido pela doutrina e cultura política da UNITA, tal como se pode ver acima naquilo que foi a trajectória política e diplomática do Dr. Savimbi. Ele vai mais longe quando diz que entre angolanos não pode haver uma oposição sistemática e doentia. Dentro dos acordos nós somos parceiros do governo e fora deles, somos um movimento de oposição.

Povo angolano, caros militantes da UNITA, nós sempre alertamos e denunciamos, a UNITA foi capturada pelas forças de bloqueio, os Marimbondos, desvinculou-se da sua missão histórica, transformou-se em instrumento do MPLA dos leais a JES para combater o JLO. É por esta razão que se quebrou a diálogo, preferem alinhar com as tendências de golpes de Estado que o próprio ACJ anunciou em palestra com a sociedade civil em Benguela. Promover arruaças e vandalizar os bens públicos para se criar instabilidade. Os patriotas fiéis ao pensamento do Guia e Mestre são suspensos, expulsos e em última rácio, mortos por envenenamento.

O Movimento do Resgate visa mudar este conjunto de coisas. Dialogar com o adversário é um padrão que herdamos do Dr. Savimbi, desde que o objetivo não seja se servir com a colher cumprida tal como os outros fazem, mas sim servir o povo. Uma Angola reconciliada tem de primar por uma governação participativa e não cria muros intransponíveis entre seus actores políticos tal como ACJ quer. Não semeia ódio e vinganças entre seus filhos.

TENHO DITO E MUITO OBRIGADO.

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