José Eduardo dos Santos tomou posse há 45 anos
Há 45 anos, num dia como hoje, José Eduardo dos Santos tomou posse como o segundo Presidente de Angola, substituindo Agostinho Neto, falecido 11 dias antes, em Moscovo, vítima de doença.
Por: Radação
José Eduardo dos Santos foi eleito presidente do MPLA a 20 de Setembro de 1979 e investido por Lúcio Lara, no dia seguinte, nos cargos de Presidente da República Popular de Angola e comandante-em-chefe das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).
A 11 de Março de 2016, ele anunciou que iria abandonar a carreira política em 2018, ano em que completaria 76 anos, num discurso dirigido ao órgão de cúpula do partido no poder. Pouco depois das Eleições Gerais de Agosto de 2017, ganhas pelo então candidato do MPLA, João Lourenço, José Eduardo dos Santos passou o testemunho no dia 26 de Setembro.
José Eduardo dos Santos dirigiu Angola em condições difíceis de instabilidade e guerra, assistiu aos aconte cimentos que marcaram a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra-Fria que, por sua vez, determinaram uma ordem mundial marcada pelo abraço ao jogo democrático, economia de mercado, promoção das liberdades, direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.
O sucessor de Agostinho Neto assinou os Acordos de Bicesse, no dia 31 de Maio de 1991, com Jonas Savimbi, processo que permitiu terminar a guerra fratricida que Angola viveu entre 1975 e 1991, tendo aberto caminho para a transição que levaria às Eleições Gerais de Setembro de 1992, cujos resultados apontavam para uma segunda volta das presidenciais que nunca se efectivaram, por recusa do então líder da UNITA.
Nas eleições legislativas agendadas para 2012, José Eduardo dos Santos, assumindo-se como cabeça-de-lista dos candidatos pelo MPLA, venceu as eleições com 71% dos votos e tomou posse para um mandato de cinco anos.
Segundo o site Wikileaks, José Eduardo dos Santos foi eleito o “Homem do Ano 2014” pela revista “Africa World”, justificando que a escolha do líder angolano deveu-se ao seu contributo para o excelente processo de recuperação económica e democrática de Angola e o fim da guerra.